Festejos do "sim" à aprovação do pedido de destituição de Dilma Rousseff - TVI

Festejos do "sim" à aprovação do pedido de destituição de Dilma Rousseff

"Tchau, querida" e "Fora PT" foram algumas das palavras de ordem ouvidas nas ruas das cidades brasileiras

 A aprovação do pedido de 'impeachment' (impugnação) da Presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, no domingo à noite, foi assinalada com foguetes em Brasília e festejos em vários pontos do país.

Logo que foram conquistados os 342 votos necessários para fazer passar o pedido de destituição do cargo de Dilma Rousseff, ainda antes da final da votação, começaram os foguetes na capital do Brasil.

Em vários pontos do país, multidões festejam também nas ruas com bandeiras do Brasil e faixas a dizer "tchau, querida" e "Fora PT", numa referência ao Partido dos Trabalhadores, da Presidente e do seu antecessor, Lula da Silva.

Às 23:08 locais (03:08 em Lisboa) chegou o voto que permitiu a maioria de 2/3, faltavam ainda 36 deputados manifestar a sua posição. O resultado ficou fechado com 367 votos a favor e 137 contra. 

A votação durou largas horas, num ambiente muito tenso entre os deputados, com apupos e insultos bastante audíveis sobretudo durante as intervenções de quem votou não.

Dilma Rousseff não será, pelo menos para já, afastada da Presidência da República. Ainda será preciso esperar que o Senado receba o processo aprovado pela Câmara dos Deputados. O mais provável é que esse processo seja entregue até à próxima terça-feira, dia 19 de abril.

No Brasil, só o Senado tem poder para julgar um Presidente da República e irá decidir, ou não, a instauração do processo. 

Se Senado aceitar o pedido de impeachment, aí sim, Dilma Rousseff será automaticamente afastada da presidência por um período de até 180 dias, durante o qual o Senado terá de votar sobre a destituição. 

Nesses 180 dias, Dilma Rousseff é substituída pelo vice-presidente Michel Temer, o número dois do Governo, que viu divulgada uma gravação em que ensaia um discurso em pose de estadista como se a presidente já tivesse sido destituída.

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