Filha descobre que o pai, internado com covid-19, tinha morrido há 50 dias - TVI

Filha descobre que o pai, internado com covid-19, tinha morrido há 50 dias

  • PP
  • 21 ago 2020, 15:54
Covid-19 no Brasil

Enterro também já tinha sido feito. Hospital diz que tentou falar com a família e não conseguiu, por isso, cumpriu o prazo previsto na lei para realizar o funeral

Dia 25 de junho, o pai de Tainara Souza dos Santos, foi internado no Hospital Municipal Salgado Filho, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Paulo César dos Santos Oliveira, de 53 anos, tinha dado positivo para covid-19. No passado dia 19 de agosto, Tainara, levou o irmão ao mesmo hospital e tentou ver o pai. Foi informada que o pai tinha morrido há 50 dias e que o funeral já tinha sido feito, escreve a CNN Brasil.

Segundo Tainara Souza dos Santos, o pai terá morrido a 1 de julho, mas a família só foi informada esta semana e porque questionou a instituição hospitalar.

Quando tentou ver o pai e não o encontrou, perguntou a uma funcionária, que após muito procurar pelo paciente, lhe pediu para falar com outro funcionário e acabou por saber que o pai tinha morrido há quase dois meses.

À CNN Brasil, Tainara conta que até lhe mostraram um “caderno, onde estava o nome do pai, a dizer quando tinha morrido e quando tinha sido enterrado”. Esta garante que a família nunca soube de nada. Diz mesmo que a informação que tinha era que “ele estava internado com um quadro de saúde estável”.

No entanto, a diretora do hospital, Carla Cantisano, contesta a versão da filha de Paulo César. Em declarações à CNN Brasil, garante que os protocolos foram seguidos, acrescentado apenas haver registo de um pedido de informações do paciente desde que tinha sido internado.

Após o óbito, a responsável pelo hospital, garante que ligaram para o número de telefone dado pela família e nunca ninguém atendeu. Apesar de, assume, nunca darem a notícia pelo telefone. Chamam sempre a família ao hospital. Em seguida, terão enviado um telegrama, mas também este não foi entregue.

Em relação à decisão de enterrar a vítima, Carla Cantisano apenas diz que há um prazo legal: “É um prazo dado pela lei, que temos de cumprir”.

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