Jonas deve regresso à seleção à «sogra» e «aos profissionais do Benfica» - TVI

Jonas deve regresso à seleção à «sogra» e «aos profissionais do Benfica»

Jonas (EPA/Marcelo Sayao)

Avançado do Benfica, em conferência de imprensa, fala do regresso ao «escrete», dos jogos com o Bayern na Liga dos Campeões e na corrida à Bota de Ouro

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Jonas considera que o regresso à seleção do Brasil, quase quatro anos depois da última convocatória, deve-se em boa parte à «estrutura profissional» que encontrou no Benfica que lhe tem permitido estar na liderança da liga portuguesa, nos quartos de final da Liga dos Campeões e na liderança na corrida à Bota de Ouro, mas também à sogra. A chamada de Dunga é a cereja no topo do bolo para uma grande temporada do avançado que, agora, quer aproveitar ao máximo a oportunidade nos jogos com o Uruguai e Paraguai.

Uma oportunidade que chegou de forma inesperada, proporcionada pela lesão de Firmino (Liverpool). O telefone tocou, Jonas reconheceu um número do Rio de Janeiro, mas não atendeu. «Dei para minha sogra atender. Quando vi que era a voz do Gilmar [coordenador das seleções da CBF], fiquei muito feliz. Ele disse que eu estava sendo chamado após as lesões. Foi uma festa lá em casa», começou por contar numa conferência de imprensa ao lado de Diego Alves, guarda-redes do Valencia.

Após a desilusão de não estar na primeira lista, o avançado acabou por ser surpreendido a meio da semana. «Expectativa sempre existe quando você está fazendo um bom trabalho. Graças a Deus tem saído tudo bem para o Benfica. Líder em Portugal, nas quartas da Liga dos Campeões... Não me frustrou não ser lembrado na primeira lista. O Brasil tem muitos jogadores bons. Vim após as lesões, infelizmente, mas assim as coisas acontecem. Estava em casa, não atendi quando ligaram porque não sabia quem era», acrescentou.

Um regresso quase quatro anos depois do último jogo, realizado em setembro de 2012, numa goleada do Brasil à China (8-0), em Pernambuco, no mesmo Estádio onde o Brasil vai agora receber o Uruguai. «Entrei nesse jogo nos minutos finais, já estava 7-0 ou 8-0. Sempre sonhei voltar à seleção. Sempre procurei nos clubes onde estava tentar voltar como prémio individual. Quero aproveitar agora esta oportunidade para ter mais tempo na seleção», referiu.

A verdade é que, desde 2012, enquanto esteve no Valencia, Jonas não voltou à seleção. Volta agora, aos 31 anos, como jogador do Benfica. «Estou muito feliz no Benfica, é maravilhoso, nem imaginava que tinha aquela estrutura. Se hoje estou aqui é graças ao Benfica que tem grandes profissionais em todas as áreas. Tem condições que não encontrei noutros clubes que representei. O Benfica tem uma parcela bem grande na minha convocação», destacou.

Bota de Ouro: «Vou brigar até ao fim»

Nesta altura, Jonas é líder na corrida à Bota de Ouro, à frente de jogadores como Cristiano Ronaldo, Luis Suarez, Gonzalo Higuaín ou Lewandowski. «O futebol português só tem 34 jogos, os outros têm 38. Mas vou brigar até ao fim, apesar de saber que os outros têm outro nível», referiu, antes de destacar o que o diferencia dos restantes avançados. «Golos. Tenho mais golos. Tenho 29, outro tem 28…cada um tem as suas características, mas a verdade é que neste momento tenho mais golos do que eles», acrescentou.

Além disso, Jonas está nos quartos de final da Liga dos Campeões, onde o Benfica terá pela frente o Bayern. «Vão ser jogos bonitos para desfrutar, mas também muito difíceis. É um dos candidatos para ganhar a Champions, mas o Benfica tem feito bons jogos, não só na Champions, mas também no campeonato português. Vamos agarrar-nos a isso para fazermos dois jogos brilhantes para passarmos. Têm mesmo de ser brilhantes para podermos passar porque o Bayern têm uma excelente equipa», referiu.

Nesses jogos com o Bayern, Jonas vai reencontrar Douglas Costa que também foi chamado por Dunga para a seleção. «Ainda não apostei nada com ele, mas ainda vamos conversar. Vamos com calma e sabemos o quanto vai ser difícil eliminá-los», acrescentou ainda sobre os jogos da Champions.

Voltando aos jogos da seleção. «A minha projeção na seleção é, junto com todos, vencer estes dois jogos [Uruguai e Paraguai], para chegarmos aos treze pontos e ficar em primeiro ou segundo na classificação geral. Porque depois a seleção só volta a jogar em outubro», comentou.

«Coates do Sporting é um grande jogador»

No jogo primeiro, frente ao Uruguai, o Brasil vai encontrar um adversário desfalcado na defesa, sem os colchoneros Godín e Giménez, mas Jonas lembrou que a celeste também tem Coates, central do Sporting. «São dois jogadores de altíssimo nível. Já os defrontei no campeonato espanhol e também já os defrontei, já esta época, na Champions. São jogadores duros, muito fortes, são uruguaios que gostam de lutar até ao fim. Mas o Coates que hoje joga no Sporting deve jogar e também é um grande jogador», referiu.

Jogos em que Jonas, com o estatuto de melhor marcador da Europa, tem a expetativa de jogar. «Se mereço é difícil de comentar porque tem aqui outros jogadores que também merecem jogar. Mas estou muito feliz por estar de volta, me dá uma visibilidade maior. Estou preparado, confiante, motivado para estar ajudando quando o Dunga quiser», atirou ainda.

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