Um homem tentou beijar a jornalista desportiva brasileira Júlia Magalhães, enquanto esta fazia um direto, antes do jogo entre o Senegal e o Japão, no último domingo. O incidente foi em frente ao estádio de Ecaterimburgo, na Rússia.
Não faça isso. Não volte a fazer isso. Não lhe dei permissão para o fazer. Nunca! Ok? Não é educado e não está correto. Não o volte a fazer. Não faça isso a nenhuma mulher. Ok? Respeito!”, disse a jornalista, depois de se desviar do beijo.
A jornalista escreveu no Twitter que é “difícil encontrar palavras” para o incidente e revelou que já é a segunda vez que isto lhe acontece na Rússia. A primeira vez foi no jogo do Egipto com o Uruguai.
É difícil encontrar palavras... Por sorte, nunca vivi isso no Brasil! Aqui já aconteceu por 2 vezes. Triste! Vergonhoso! https://t.co/8sdukYw8FG
— Julia Guimarães (@juliacgc) 24 de junho de 2018
É horrível. Sinto-me a precisar de ajuda e vulnerável. Desta vez dei uma resposta, mas é triste. As pessoas não entendem. Eu gostava de perceber porque é que as pessoas pensam que têm o direito de fazer isto”, disse a jornalista, em declarações ao jornal Globo.
Este ano, ainda antes do Mundial, as jornalistas brasileiras avançaram com a hashtag #DeixaElaTrabalhar, ou #LetThemWork”, de modo a parar o assédio na profissão e a impor respeito.
#deixaelatrabalhar pic.twitter.com/jlw0pQz9a2
— #Deixaelatrabalhar (@deixaelatrab) 25 de março de 2018
Julia Magalhães não foi a primeira jornalista a ser assediada durante este Mundial. A jornalista do canal alemão Deutsche Welle Julieth González Therán, estava em pleno direto quando foi agarrada e beijada por um adepto. O homem acabou por fugir e ainda não foi identificado.