Mais uma evacuação em Minas Gerais após ameaça de rotura de barragem - TVI

Mais uma evacuação em Minas Gerais após ameaça de rotura de barragem

  • CM
  • 17 fev 2019, 10:22

Cerca de 200 pessoas foram retiradas de suas casas devido ao risco de rotura da barragem situada na mina de ferro Mar Azul, a 25 quilómetros de Belo Horizonte, uma barragem que se encontra desativada

A mineira brasileira Vale anunciou a evacuação da zona envolvente de uma das suas barragens, afetando cerca de 200 habitantes do estado de Minas Gerais, onde em janeiro a rutura de outra barragem, em Brumadinho, causou 166 mortos.

Esta decisão foi tomada como precaução depois do grupo ter analisado relatórios de empresas especializadas em consultoria. Deve-se notar que a estrutura não está em atividade", informou a Vale em comunicado, no sábado.

 

A barragem está localizada na mina de ferro Mar Azul, em Nova Lima, a 25 quilómetros de Belo Horizonte.

A evacuação de 49 edifícios, realizada com a ajuda da proteção civil e das autoridades locais, obrigou à retirada de 200 pessoas.

A 8 de fevereiro, outra evacuação forçou 500 pessoas a deixar a zona envolvente de outras duas minas, uma pertencente à Vale, a outra à concorrente ArcelorMittal.

Na sexta-feira, oito funcionários da Vale foram detidos numa operação do Ministério Público de Minas Gerais, acusados de envolvimento na rutura da barragem na cidade de Brumadinho.

Quatro gerentes e quatro técnicos diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da barragem em Brumadinho foram os alvos dos mandados de prisão. Além dos crimes de homicídio qualificado, os funcionários poderão responder por crimes ambientais e falsidade ideológica.

O desastre em Brumadinho ocorreu a 25 de janeiro, quando uma das barragens nas quais a Vale armazenava resíduos rebentou, provocando uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.

A barragem que colapsou foi feita através do método de alteamento a montante, no qual se constroem degraus com os próprios resíduos, sendo o método mais simples e também o menos seguro.

Esta foi também a técnica de construção usada na barragem da empresa Samarco (da Vale e da BHP Billion) que rebentou em 2015 na cidade de Mariana, igualmente no estado de Minas Gerais, onde se encontra a maior concentração deste tipo de estruturas, e que provocou 19 mortos.

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