O Presidente do Brasil, Michel Temer, reiterou na sexta-feira que não está envolvido em nenhum tipo de crime e que os recursos que financiaram as suas campanhas eleitorais foram declarados de acordo com a lei.
Num comunicado emitido pela Presidência da República é sublinhado que “Michel Temer não recebeu valores, a não ser os permitidos pela Lei Eleitoral e declarados ao Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, não tem envolvimento em nenhum tipo de crime".
O Presidente responde assim a novas acusações contra si baseadas em testemunhos de responsáveis da produtora de carne brasileira JBS que revelam subornos a milhares de políticos de partidos de todo o espetro parlamentar.
Acusado de corrupção passiva e organização criminosa
O procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Brasileiro (STF) a abertura de uma investigação, acusando o presidente do país, Michel Temer, de obstrução à justiça, corrupção passiva e organização criminosa.
"Importante registar que um dos delitos em tese é o de corrupção passiva", diz Janot, na acusação que enviou para o STF.
Procurador considera que o antigo candidato à presidência da República do Brasil, Aécio Neves (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira), e o atual Presidente, Michel Temer (PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro), agiram “em articulação” para travar o avanço da Lava Jato.
A afirmação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e consta da decisão do ministro do STF Luiz Edson Fachin que determinou a abertura de um inquérito para investigar Temer, Aécio e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-Paraná), que está relacionado com o acordo de denúncia de executivos da JBS, uma das maiores empresas de processamento de carnes do Brasil.
Ouça aqui a gravação que tramou Michel Temer.
Lula e Dilma receberam 134 milhões
Também Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram identificados pelo presidente da JBS, Joesley Batista, o mesmo que denunciou o atual presidente do Brasil, como tendo recebido subornos. A informação é avançada pela principal imprensa brasileira.
De acordo com as notícias dos jornais brasileiros, Lula da Silva e Dilma Rousseff receberam dinheiro em contas no estrangeiro. O saldo conjunto dessas contas terá chegado, em 2014, a 134 milhões de euros. Segundo o depoimento do empresário Joesley Batista ao Ministério Público, quem geria o dinheiro que era pago pela JBS era o próprio ministro das finanças.
As assessorias de imprensa dos dois antigos presidentes já enviaram comunicados à imprensa, onde desmentem qualquer envolvimento no esquema de corrupção, que volta a sacudir a classe política brasileira.