Ministério Público considera gravação de Temer legal - TVI

Ministério Público considera gravação de Temer legal

  • AM
  • 21 mai 2017, 11:07

Avaliação técnica feita pela Procuradoria-Geral da República confirmou a legalidade da gravação

O juiz do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da ‘Operação Lava-jato’, considerou no sábado que a gravação que alegadamente compromete o presidente Michel Temer é legal, depois de uma avaliação técnica feita pela Procuradoria-Geral da República.

De acordo com vários órgãos de comunicação social brasileiros, o Ministério Público Federal divulgou no sábado um comunicado no qual informou que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal uma nota na qual defende a continuidade do inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer.

Na mesma nota, a PGR informou que foi feita uma avaliação técnica à gravação, que concluiu que o registo é "audível, inteligível e apresenta uma sequência lógica e coerente, com características iniciais de confiabilidade".

No sábado, o presidente do Brasil afirmou que o áudio da gravação tinha sido manipulado e que tinha pedido ao Supremo a suspensão do inquérito de que é alvo, enquanto se verificava a autenticidade da gravação.

Li hoje no jornal 'Folha de S.Paulo' notícia de que perícia constatou que houve edição no áudio de minha conversa com o sr. Joesley Batista. Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autentiticidade da gravação".

Já na sexta-feira Michel Temer tinha garantido que não está envolvido em nenhum tipo de crime e que os recursos que financiaram as suas campanhas eleitorais foram declarados de acordo com a lei.

Num comunicado emitido pela Presidência da República é sublinhado que “Michel Temer não recebeu valores, a não ser os permitidos pela Lei Eleitoral e declarados ao Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, não tem envolvimento em nenhum tipo de crime".

O Presidente responde assim a novas acusações contra si baseadas em testemunhos de responsáveis da produtora de carne brasileira JBS que revelam subornos a milhares de políticos de partidos de todo o espetro parlamentar.

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