O ministro do Planeamento do Brasil, Romero Jucá, anunciou que vai deixar o cargo a partir desta terça-feira. De acordo com o portal de notícias G1, embora tenha anunciado “licença”, o ministro afirmou que “tecnicamente” vai pedir demissão para voltar a exercer o mandato de senador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
O presidente em exercício, Michel Temer, já disse que Jucá ficará afastado "até que sejam esclarecidas as informações divulgadas pela imprensa".
O anúncio acontece no dia em que o jornal Folha de São Paulo divulgou uma gravação do ministro, em conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que diz que a mudança no Governo possibilitaria um pacto para travar a Operação "Lava Jato".
Jucá terá entretanto pedido ao Ministério Público que avalie se cometeu algum tipo de crime em relação a essas conversas com Sérgio Machado.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, em conversas ocorridas em março passado, o ministro do Planeamento, senador licenciado Romero sugeriu ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que uma "mudança" no Governo Federal resultaria num pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação "Lava Jato", em que ambos são investigados.
Antes disso, Jucá já teria dito que não tinha nada a temer e que não pretendia deixar o cargo.
Não vejo motivo para entregar o cargo. A minha permanência depende do presidente Temer, hoje, amanhã ou daqui a seis meses.
— Romero Jucá (@romerojuca) May 23, 2016
Agora, a imprensa brasileira avança mesmo que Romero Jucá não voltará e Temer já procura outro nome para o Ministério do Planeamento.
Numa nota divulgada ao início da noite desta segunda-feira, Temer elogia a "dedicação" e o trabalho "competente" do ministro, garantindo que Jucá continuará a auxiliar "o Governo Federal no Congresso de forma decisiva, com sua imensa capacidade política".