«Não trocaria Portugal por este projeto do Flamengo» - TVI

«Não trocaria Portugal por este projeto do Flamengo»

Jorge Jesus diz que mesmo que tivesse um grande português a querê-lo nesta altura, não diria que não ao Flamengo, porque tem o sonho de ganhar títulos internacionais

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Abel Braga, o antecessor de Jorge Jesus no Flamengo, esteve apenas três meses no comando técnico da equipa, acabando depois disso por ser despedido.

Ora em entrevista à TVI, o português disse que não se assusta com isso.

«Esse é o lema do futebol brasileiro, um treinador está quatro meses, cinco meses no máximo, mas isso a mim não me preocupa. Tens que apresentar resultados e se tiveres resultados não te vais embora. Embora eu estivesse na Arábia Saudita em primeiro e em todas as frentes e vim-me embora, mas isso fui eu que me vim embora. São coisas diferentes», referiu.

«Mas eu acredito que vamos ajudar essa paixão e esse querer do Flamengo de conquistar troféus internacionais, como o Mundial de Clubes e a Libertadores. É também um sonho meu.»

Jorge Jesus garantiu, de resto, que está totalmente apaixonado por este novo desafio. Admirador confesso do futebol brasileiro há muitos anos, o técnico diz que este desafio é irresistível.

«Isto as coisas nem sempre se concretizam da maneira como pensamos. Pensava ir para a Arábia Saudita e regressar rapidamente a Portugal. Uma das questões para me ter vindo embora foi exatamente isso, eles queriam que eu renovasse por dois anos e eu não aceitei», lembrou.

«Agora é um contexto diferente. O mercado em Portugal está fechado e tive que procurar outros caminhos. Mas este projeto apaixonou-me. Mesmo que tivesse mercado em Portugal, não o trocaria por este projeto do Flamengo.»

Confrontado com o facto do campeonato brasileiro não ser tão seguido em Portugal, Jorge Jesus contrapõe que o campeonato brasileiro é seguido em todo o mundo.

«O Brasil é o país do futebol, o jogador brasileiro é dos mais valorizados no mundo. Tirando esta ascensão do Messi e do Ronaldo, os jogadores brasileiros eram os mais conceituados. Eles nasceram para jogar futebol. Vão ver que este é um dos campeonatos mais competitivos do mundo e um dos campeonatos mais técnicos do mundo.»

Pelo caminho perguntou-se como foi o primeiro contacto com os jornalistas brasileiro.

«A diferença é que os jornalistas brasileiros não me conhecem, não sabem quais são as minhas ideias e as perguntas foram baseadas muito em como penso o futebol, perguntas interessantes, sempre a falar de futebol. É uma curiosidade normal para eles e para mim», respondeu.

«Não tenho dúvidas que vou ter um discurso completamente diferente para eles e não tenho dúvidas também que eles me vão colocar questões a que não estava habituado em Portugal.»

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