A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal a quebra do sigilo telefónico do Presidente da República, Michel Temer, e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco.
Este pedido surge no âmbito da investigação sobre um pagamento de 10 milhões de reais, que teria sido feito pela Odebrecht e acertado num jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, em 2014.
Os investigadores querem rastrear telefonemas nas datas próximas das entregas de dinheiro, relatadas pelos delatores da empreiteira.
O pedido da Polícia Federal já chegou ao gabinete do ministro Edson Fachin, que agora decidirá se autorizará a quebra do sigilo telefónico.
É a primeira vez que uma investigação pode quebrar o sigilo telefônico do presidente da República. No outro inquérito do qual é alvo, que apura suspeitas de pagamento de propina do setor portuário, Temer teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados por autorização do ministro Luís Roberto Barroso, mas não houve pedido de quebra de sigilo telefónico.
O advogado de Temer disse que o pedido ainda não está em sua posse e por isso recusou-se a comentar.