Processo de destituição de Dilma Rousseff já está no Senado - TVI

Processo de destituição de Dilma Rousseff já está no Senado

Documento foi encaminhado pelo presidente da Câmara dos Deputados (câmara baixa), Eduardo Cunha, ao presidente do Senado (câmara alta), Renan Calheiros

O impeachment (processo de destituição) da presidente Dilma Rousseff, aprovado este domingo na Câmara dos Deputados, foi entregue esta segunda-feira no Senado.

Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, ter-se-à encontrado com Renan Calheiros, presidente do Senado, esta tarde e reunido à porta fechada.

O processo de destituição da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é composto por 36 encadernações e 11 anexos de documentos. Apesar do clima de tensão que se faz sentir por todo o país, o processo de impeachment foi aprovado, este domingo à noite, na votação da Câmara dos Deputados. Às 23:08 locais (03:08 em Lisboa) chegou o voto que permitiu a maioria de 2/3, faltavam ainda 36 deputados manifestar a sua posição. O resultado ficou fechado com 367 votos a favor e 137 contra.

Está prevista, para esta terça-feira, uma leitura resumida do processo no Senado, segundo avança o jornal G1, e deverão ser indiciados os membros da comissão especial que irá acompanhar e analisar o caso. Uma vez que na próxima quinta-feira é feriado no Brasil, é possível que a comissão reúna na quarta-feira.

Impeachment porquê?

O processo de impeachment contra Dilma Rousseff foi apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal e está baseado na acusação de que o Governo brasileiro promoveu uma verdadeira “maquilhagem contabilística” nas contas públicas, escondendo da população a grave situação financeira da administração pública.

De acordo com os juristas, a contabilidade criativa foi levada a cabo com aquilo a que os brasileiros chamam “pedaladas fiscais”, com o intuito de a presidente conseguir ser reeleita. As “pedaladas fiscais” são atos ilegais resultantes de atrasos nas transferências do Governo para os bancos públicos, para melhorar as contas públicas.

As escutas entre Dilma e Lula, divulgadas em março, também vieram agravar a perda de apoio político e popular da Presidente.

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