Promessas de Dilma não acalmam ânimos: mais uma noite violenta

No Brasil, as promessas de Dilma Roussef não estão a surtir efeito e todos os esforços para acalmar os ânimos estão a falhar. A noite passada voltou a ser de batalhas campais em várias cidades.

Os casos mais graves aconteceram em Belo Horizonte, um dos palcos da Taça das Confederações. No estádio do Mineirão jogava-se um México-Japão, nas ruas o desporto era outro.

O Brasil já não para por causa do futebol. Irritados com estádios de cinco estrelas, num país com falta de escolas e hospitais, 100 mil pessoas manifestaram-se na capital de Minas Gerais.

A maior parte fê-lo de forma pacífica, mas outros nem por isso. Há registo de pelo menos 18 feridos, entre eles cinco polícias.

Mas Belo Horizonte foi apenas uma entre mais de uma centena de cidades em protesto.

Mesmo travados os aumentos dos transportes e a promessa de uma reforma dos serviços públicos, feita pela presidente brasileira.

A Avenida Paulista, em São Paulo, voltou a encher-se de gente, desta vez contra a corrupção e a proposta para retirar ao Ministério Público competências de investigação.

No Rio de Janeiro, em dia de jogo da seleção, foram enterradas quinhentas bolas no areal de Copacabana, em memória das 500 mil pessoas que morreram na última década de violência no país.