O Flamengo foi recebido em festa no Maracanã e, após a vitória por 4-1 ante o Ceará, esta madrugada, no primeiro jogo após o título brasileiro, Jorge Jesus mostrou-se sem dúvidas: esta equipa vai ficar na história do clube rubro-negro.
«Era importante sair daqui com uma vitória, como também bater o recorde, segundo me disseram, do campeonato, desde que é corrido. Estava em 81 pontos, passámos para 84. Mais um recorde batido e esta equipa, este grupo vai ficar na história do Flamengo, isso não tenho dúvida. Para sempre! Quando eu estiver lá no céu, ainda vão falar do Jesus», afirmou o técnico português, na conferência de imprensa.
«O Flamengo antes do jogo já era campeão, mas tínhamos de demonstrar que os campeões querem sempre mais, sabendo que vínhamos de uma semana de muita festa. Sabia que isso ia ter alguma influência na dinâmica da equipa, mas sabia que arranjamos sempre argumentos para fazer golos e mudar o resultado. Ao intervalo, ajustámos coisas que não estavam tão bem», analisou Jesus, sobre o jogo que chegou ao intervalo com vantagem dos visitantes.
Aos 37 minutos, Jesus tirou Reinier para lançar Vitinho e justificou a mudança com a necessidade de dar outra «dinâmica» ao jogo. «Como treinador, não olho para as idades dos jogadores, olho para o jogador em função do desempenho e achava que a equipa precisava, depois de analisar a equipa do Ceará, a equipa não estava a ter dinâmica, entendi que precisava de outro jogador com outras características. Achei que devia substitui e fi-lo sem problema nenhum. Faz parte do jogo. Ainda não falei com ele, depois dos jogos, não se fala com os jogadores. Tenho tempo de falar com ele, é um menino, saiu zangado com ele, gostava de ter jogado mais tempo, não saiu zangado com ninguém», respondeu.
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Sobre o futuro e com contrato atualmente até junho de 2020, Jesus mostrou-se tranquilo e a pensar «dia a dia» no que vai acontecer.
«Como treinador e jogador, tens duas formas de escolher a carreira. Desportivamente e tens a possibilidade de escolher ainda melhor, desportiva e financeiramente, essa componente entra em qualquer decisão. E há a outra que escolhes: não interessa desportivamente, interessa financeiramente. Nunca pensei assim, escolhi sempre desportivamente ter um clube que me desse a possibilidade de conquistar títulos, tive essa possibilidade que o Flamengo me deu. Felizmente tudo está a correr como pensávamos, ainda há mais um título para ganhar. A nossa vida é um pouco o dia a dia, o que andas à procura? De continuares a sonhar e se já ganhaste uma Libertadores e o campeonato mais importante da América do Sul, que podes querer? Acima disto, só a Champions e pouco mais. Mas vamos dia a dia pensar o que vai acontecer, estou muito feliz no Flamengo e temos mais 20 dias para trabalhar a equipa para estarmos no Qatar», notou.