Violência no Rio de Janeiro: 21 mortos em cinco dias - TVI

Violência no Rio de Janeiro: 21 mortos em cinco dias

Tiroteio numa favela do Rio de Janeiro, 3 de Abril 2008 (foto EPA/André Mourão)

Apenas no fim de semana cinco polícias morreram baleados. Sensação de insegurança é geral

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Uma escalada de violência na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, já provocou 21 mortos em cinco dias, sendo que apenas no fim de semana cinco polícias morreram baleados, três deles em menos de 12 horas.

Um polícia militar morreu na madrugada de sábado ao fazer um patrulhamento no bairro Rio Comprido, considerado perigoso, tendo homens armados atirado contra o carro em que seguia. Na mesma localidade, na manhã de domingo, outro polícia foi abordado por homens armados e foi alvejado.

Outro caso ocorreu na noite de sábado, quando um polícia estava de folga na sua residência no bairro Campo Grande, área controlada por grupos paramilitares. Quatro homens fortemente armados numa pick-up atiraram contra a casa do polícia.

O número de polícias mortos está a preocupar a associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, que já está a oferecer recompensas de dois mil reais (cerca de 700 euros) por informações que levem à prisão dos assassinos. Além do grande número de polícias mortos em acção ou quando estão à paisana, o que está a preocupar os cariocas é a grande sensação de insegurança em muitas localidades no Rio.

No sábado, a adolescente Marta Cristina da Silva, de 14 anos e que estava grávida, morreu durante um tiroteio no bairro Engenho da Rainha, subúrbio do Rio de Janeiro. Outra jovem, Kelly dos Santos, de 17 anos, faleceu no domingo após uma semana de internamento na sequência de um tiro nas costas durante um ataque a um autocarro na favela Para-Pedro, nos subúrbios. O ataque ocorreu no último a 02 de Fevereiro e foi levado a cabo por traficantes armados, que atiraram contra o veículo que transportava 50 pessoas.

Outro caso trágico no Rio foi o homicídio de pai e filha, uma criança com cinco anos, domingo, no bairro Madureira, também nos subúrbios. A polícia admite a possibilidade de execução e investiga se a morte do pai estaria ligada a um acerto de contas com o tráfico local.

Sexta-feira, outra jovem, Luana Rodrigues Junqueira, de 18 anos, foi atingida com um tiro na cabeça numa pastelaria na Vila da Penha, periferia da cidade, durante um confronto entre dois agentes, um inspector da Polícia Civil e um tenente da Polícia Militar. O caso ainda não foi esclarecido pelas autoridades, mas os jornais noticiaram a versão de que seria uma disputa por negócios de segurança privada na região.

Há cinco dias, outras 10 pessoas foram mortas durante uma operação policial em favelas do bairro periférico Senador Camará. Na maioria destes casos, os autores dos crimes não foram encontrados.
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