“Precisamos de garantias sólidas para cidadãos e famílias" - TVI

“Precisamos de garantias sólidas para cidadãos e famílias"

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  • 29 abr 2017, 09:59

Chefes de Estado e de Governo da UE reúnem-se hoje numa cimeira, em Bruxelas, para adotar as orientações para as negociações com Londres em torno da saída do Reino Unido

O presidente do Conselho Europeu afirmou hoje, em Bruxelas, que a proteção dos direitos dos cidadãos deve ser “a prioridade número um” nas negociações entre a UE a 27 e o Reino Unido para a concretização do ‘Brexit’.

“Precisamos de garantias sólidas para todos os cidadãos e famílias que serão afetados pelo Brexit, em ambos os lados. Esta deve ser a prioridade número um para a União Europeia e para o Reino Unido”, declarou, à chegada à sede do Conselho Europeu, onde hoje os “Vinte e Sete” vão adotar as grandes linhas orientadoras da UE para as conversações com Londres.

O presidente do Conselho apontou que “a Comissão Europeia já preparou uma lista precisa e detalhada dos direitos dos cidadãos” que a UE exige ver protegidos.

Repetindo a ideia deixada na carta-convite endereçada aos 27 chefes de Estado e de Governo da UE para o Conselho Europeu de hoje em Bruxelas, Tusk defendeu que o futuro das relações entre a UE e o Reino Unido só deve ser abordado depois de acordados os termos do “divórcio”.

“Todos queremos uma relação futura próxima e forte com Reino Unido, não há qualquer dúvida sobre isso. Mas antes de discutirmos o futuro, temos que resolver o passado. Penso que esta é a única forma de seguir em frente”, argumentou.

O presidente do Conselho Europeu vincou a necessidade de a UE a 27 “permanecer unida” ao longo das negociações, que deverão estar concluídas até meados de 2019.

“Só assim poderemos concluir as negociações, o que significa que a nossa unidade é também do interesse do Reino Unido. E, para já, sinto forte apoio de todas as instituições da UE e de todos os 27 Estados-membros. Estou confiante de que tal não vai mudar”, concluiu.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia a 27 reúnem-se hoje numa cimeira, em Bruxelas, para adotar as orientações para as negociações com Londres em torno da saída do Reino Unido da UE, o chamado ‘Brexit’.

Havendo grande “sintonia” entre os 27 em torno das posições da UE para as negociações, como garantiu na quinta-feira a presidência semestral maltesa do bloco europeu, a cimeira de hoje antevê-se tranquila e deverá ser curta, tendo início agendado para as 12:30 locais (11:30 de Lisboa) e final previsto para cerca das 16:00.

Cimeira serve para marcar a unidade dos 27

O chefe negociador da União Europeia (UE) para o ‘Brexit’, Michel Barnier, salientou que a cimeira extraordinária de hoje tem como objetivo principal “marcar a unidade” dos 27.

“Este é um Conselho Europeu extraordinário que marca a unidade dos 27, que não é dirigida contra o Reino Unido, mas sim que revela que estamos juntos e queremos continuar a estar juntos”, disse Barnier, à entrada para uma reunião dos líderes da UE, em Bruxelas.

Com a presença do negociador-chefe da UE, Michel Barnier, a quem será posteriormente dado um mandato para conduzir as negociações em representação da UE, os líderes europeus, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, vão aprovar hoje as posições e os princípios gerais da UE para as negociações que se seguem com Londres, e que deverão ser concluídas no espaço de dois anos, até 2019.

Na carta-convite dirigida aos líderes europeus, na quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu advertiu que o futuro das relações com o Reino Unido só deve ser discutido numa fase mais adiantada das negociações em torno do ‘Brexit’, uma vez acordados os termos da separação.

Antevendo aquele que é formalmente o primeiro Conselho Europeu a 27, para a adoção das diretrizes para as negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, Donald Tusk defende que é fundamental tratar do passado e acautelar os interesses dos cidadãos europeus antes de discutir o futuro.

Depois de os líderes dos 27 aprovarem hoje as linhas diretrizes para as negociações, será elaborado um mandato para Barnier, que deverá estar pronto até 22 de maio, mas as negociações só deverão arrancar depois das eleições no Reino Unido marcadas para 08 de junho.

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