Seis detidos em Bruxelas na sequência dos atentados - TVI

Seis detidos em Bruxelas na sequência dos atentados

  • Élvio Carvalho
  • Com Lusa
  • 24 mar 2016, 21:07
Bruxelas - O dia seguinte ao terror

Suspeitos foram detidos em várias zonas de Bruxelas: três em frente à procuradoria federal, dois na zona de Jette e outra numa zona não identificada de Bruxelas

Seis pessoas foram detidas esta quinta-feira à noite em Bruxelas na sequência dos atentados de terça-feira, confirmou a procuradoria federal belga.  A polícia não avança, no entanto, se algum dos suspeitos dos atentados de terça-feira está entre os detidos.

Segundo o Le Soir, as seis pessoas foram detidas em várias zonas de Bruxelas: três em frente à procuradoria federal, dois na zona de Jette e outra numa zona não identificada de Bruxelas.

Foi o porta-voz da procuradoria federal Eric Van Der Sypt quem confirmou aos jornalistas os locais das detenções.

"Três foram detidos mesmo à nossa porta, na procuradoria federal".

Operações da polícia decorreram nas comunas de Jette e Schaerbeek. 

O ministro do interior belga, Jan Jambon, tinha avançado anteriormente que cinco pessoas tinham sido detidas "numa grande operação em Bruxelas".

A agência Lusa já tinha avançado que uma operação policial em Bruxelas obrigou ao encerramento de vários quarteirões na zona da Praça Ambiorix, situada a cerca de dois quarteirões acima da sede da Comissão Europeia.

No local, eram visíveis carrinhas da polícia e operacionais vestidos integralmente de negro.

Esta operação policial acontece apenas algumas horas depois do ministro do Interior belga ter anunciado que o seu governo decidiu baixar em um grau o nível de alerta antiterrorista, que estava no patamar máximo, porque “não há ameaças iminentes" de ataques.

Jan Jambon explicou, em declarações ao canal RTL, que o Conselho de Segurança Nacional se tinha reunido esta tarde e o Órgão de Coordenação para a Análise de Ameaças (OCAM) tinha "decidido a reduzir o nível de ameaça para três", numa escala de quatro.

O nível três, que corresponde a uma ameaça "possível e provável", continua a ter uma série de implicações sobre a mobilização e a vigilância das forças de ordem.

A Bélgica estava em alerta máximo, correspondente a uma ameaça de "grave e iminente", uma hora após o duplo atentado que sacudiu Bruxelas, a capital belga, e que provocou pelo menos 32 mortos e mais de 300 feridos.

As duas explosões no aeroporto de Bruxelas e a outra na estação de metro de Maelbeek, em pleno bairro europeu, onde se situam os escritórios das principais instituições europeias, foram reivindicadas pelo auto-proclamado Estado Islâmico.

Três bombistas suicidas, dois do aeroporto e um do metro, já foram identificados.  Há um suspeito, cuja imagem foi captada pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que se pensa estar em fuga e um quinto suspeito que terá estado no metro. 

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