Cientistas podem ter a chave para acabar com a calvície - TVI

Cientistas podem ter a chave para acabar com a calvície

  • SO
  • 26 mai 2017, 23:07
Calvície

Investigadores norte-americanos identificaram uma das causas da queda de cabelo, de forma acidental

Um estudo norte-americano identificou uma das causas da queda de cabelo, que pode, simultaneamente, ser a chave para um possível tratamento da doença.

Os resultados da investigação, publicados na revista Cell, mostram que as células T reguladoras (Treg) - associadas ao controlo de inflamações - são as células responsáveis pelo crescimento do cabelo, função que, até aqui, era atribuída às células estaminais.

De uma forma simples, achava-se que quando um cabelo caía eram as células estaminais (as chamadas células indiferenciadas) que garantiam que o folículo voltava a crescer. Esta nova investigação deduziu que, afinal, sem a ajuda das células Treg, o processo simplesmente não acontece.

Segundo o The Independent, a descoberta foi acidental. Os cientistas encontravam-se a estudar os efeitos das células Treg na pele de ratos de laboratório, aos quais tinha sido aplicada uma técnica que remove, temporariamente, este tipo de células da pele. Para conseguirem observar os resultados, raparam parte dos pelos dos animais, que não voltaram a crescer.

Rapidamente os cientistas perceberam que a falta das células Treg tinha tido impacto no crescimento do pêlo.

Michael Rosenblum, imunologista e dermatologista na Universidade da Califórnia, em São Francisco, explicou que os “nossos folículos pilosos [estruturas dérmicas capazes de produzir pêlos] estão em constante reciclagem. Quando um cabelo cai, o folículo piloso tem que crescer novamente”. O médico diz que “as Treg não só protegem as células estaminais contra inflamações, mas participam também no processo regenerativo”.

Os investigadores verificaram que as células Treg reúnem-se à volta do folículo piloso para regenerar um fio de cabelo. 

Rosenblum explica: "Pensamos que as células [Treg] chegam a um tecido para lutar contra uma infeção, enquanto as células estaminais tratam da regeneração. Descobrimos que [afinal] ambas têm de trabalhar em conjunto para tornar a regeneração possível".

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