Ataques em Moçambique: comissão parlamentar alerta para vulnerabilidade nas fronteiras - TVI

Ataques em Moçambique: comissão parlamentar alerta para vulnerabilidade nas fronteiras

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  • 17 nov 2020, 10:00
Forças armadas de Moçambique

As autoridades moçambicanas têm afirmado que parte dos autores dos ataques armados em Cabo Delgado são estrangeiros que se aproveitam da porosidade das fronteiras

Uma comissão parlamentar que visitou fronteiras moçambicanas alertou para a necessidade de reforçar as patrulhas, nomeadamente face ao agravamento do conflito militar em Cabo Delgado, norte do país.

Durante as nossas visitas no terreno, constatámos que há desafios nas nossas fronteiras, relativos ao transporte, para se fazer a necessária patrulha e vigilância”, disse Catarina Dimande, deputada membro da Comissão das Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades (7.ª Comissão) da Assembleia da República, citada hoje pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

A comissão parlamentar fez na terça-feira uma visita de trabalho de cerca de uma hora ao Ministério do Interior para troca de informação.

Durante o encontro, a comissão recomendou que seja exercido maior controlo por parte da Polícia da República de Moçambique (PRM) nas fronteiras.

A visita enquadrou-se na ação de fiscalização de atos de governação por parte do parlamento.

No caso, os deputados da 7.ª Comissão debruçam-se sobre ações levadas a cabo em matérias de defesa e segurança, com maior ênfase sobre os conflitos nas norte e centro do país.

As autoridades moçambicanas têm afirmado que parte dos autores dos ataques armados em Cabo Delgado são estrangeiros que se aproveitam da porosidade das fronteiras.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas para províncias vizinhas, sem habitação, nem alimentos suficientes - concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

No centro, conflitos com guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), oposição, já provocaram 30 mortos no último ano.

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