As autoridades francesas começaram os trabalhos de demolição de um acampamento de refugiados em Calais, conhecido como “a selva”.
Aparentemente, os trabalhos estão a decorrer sem incidentes, como testemunhou a BBC, que constatou a presença de um canhão de água no local, embora não tenha sido utilizado. Mas, um grupo que faz trabalho de voluntariado no local, queixou-se que o acesso do campo lhes foi vedado. A polícia não quer voluntários.
No volunteers access. People removed from houses. Police blocking entry. This is what they call a "soft demolition". pic.twitter.com/PmajyrLQ5j
— Good Chance Calais (@GoodChanceCal) February 29, 2016
A polícia acompanha as equipas de demolição, apetrechadas de martelos e máquinas.
Esta medida autárquica, a bem da dignidade e da saúde pública, afetará, segundo números oficiais, cerca de mil migrantes, mas as organizações de apoio humanitário falam em muitos mais.
Segundo as autoridades, estas pessoas, muitas crianças e mulheres que desejam entrar no Reino Unido, serão realojadas enquanto a sua situação não ficar resolvida.
Ao todo, aquele campo alberga 3700 refugiados, mas as organizações humanitárias falam em 5500 pessoas. Destes, quase 700 são crianças.
Migrantes rebentam arame farpado na Macedónia
Também esta segunda-feira, muitos migrantes, retidos na fronteira entre a Grécia e a Macedónia, conseguiram rebentar o arame farpado e passar para o outro lado, com vista a alcançar o norte da Europa. A polícia da Macedónia tenta travar a entrada destes migrantes com recurso a gás lacrimogéneo. A BBC desconhece quantos já conseguiram entrar até ao momento.
Cerca de 6500 pessoas aglomeram-se há vários dias, ao frio, sem comida nem medicação, já que a autoridades da Macedónia só deixam entrar os migrantes a conta-gotas.