Universitário preso por comentários anti-governo no Facebook - TVI

Universitário preso por comentários anti-governo no Facebook

Universitário preso por comentários anti-governo no Facebook

Tribunal do Camboja condenou um estudante a pena de prisão efetiva por ter criticado o Governo nas redes sociais e incitar os cibernautas a participar na sua “revolução colorida” para “mudar o regime vulgar”

Um estudante universitário foi condenado, na passada quarta-feira, a 18 meses de prisão no Camboja por ter criticado o Governo do país no Facebook e por ter apelado à sociedade para o ajudar a mudar o regime que considerou “vulgar”.

Kong Raya, de 24 anos, é o primeiro cambojano condenado a pena de prisão por usar as redes sociais para atacar o Executivo de Hun Sen, refere o jornal britânico Independent. No Camboja, segundo a mesma fonte, várias pessoas têm recorrido à internet para denunciar alegados abusos do Governo e pedir reformas políticas a Hun Sen, que comanda o país há mais de três décadas.

A sentença não me surpreende. É assim que este tribunal funciona”, disse Kong Raya aos jornalistas quando saiu do tribunal enquanto os guardas o afastavam do local.

O estudante que foi acusado em agosto de 2015 e, menos de um ano depois, conheceu a sentença, garante que irá lutar por esta causa até morrer. O post ainda consta na página de Facebook do jovem e no Twitter há ainda quem a partilhe.

តើមានអ្នកណាហ៊ានធ្វើបដិវត្តពណ៌ជាមួយខ្ញុំទេ? ថ្ងៃណាមួយនៅពេលខាងមុខនេះ ខ្ញុំនឹងធ្វើបដិវត្តពណ៌ដើម្បីផ្លាស់ប្ដូររបបដ៏ថោកទាបមួយនេះចេញពីសង្គមខ្មែរ ទោះបីជាត្រូវជាប់គុក រឺស្លាប់ក៏ដោយ ក៏ខ្ញុំត្រូវតែធ្វើដែរ។

Publicado por Soriya Koko em  Sexta-feira, 7 de agosto de 2015

"Alguém se atreve a fazer uma revolução colorida comigo? Um dia, no futuro, vou fazer uma revolução de cores para alterar o regime mesmo que seja preso ou morto, vou fazê-lo"

Am Sam Ath, ativista do grupo cambojano de diretos humanos Licadho, considera que a mensagem de Raya não teve qualquer repercussão na sociedade e que a decisão do tribunal oprime a liberdade de expressão. “Este veredito é uma mensagem, uma ameaça para que outros jovens não se atrevam a expressar opiniões pessoais”, disse citado pelo Independent.

Continue a ler esta notícia