Greve dos maquinistas paralisa Alemanha - TVI

Greve dos maquinistas paralisa Alemanha

  • Portugal Diário
  • 15 nov 2007, 11:40

Protesto vai durar 62 horas. É a maior e a mais ampla greve da história dos caminhos-de-ferro

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A greve dos maquinistas alemães, que se iniciou na quarta-feira nos combios de mercadorias, estendeu-se esta quinta-feira aos comboios de longo curso, regionais e urbanos, afectando milhões de passageiros em todo o país.

Esta greve, que durará 62 horas e só terminará às 02:00 (01:00 de Lisboa) de sábado, é a maior e a mais ampla da história dos caminhos-de-ferro, para reivindicar um contrato colectivo próprio e aumentos salários de cerca de 30 por cento para os maquinistas.

A paralisação estava a registar grande adesão e a grande maioria dos comboios deixou de circular, apesar de só 12 mil dos 20 mil maquinistas serem filiados no GdL (os restantes são funcionários públicos e não podem aderir a greves), e de a administração dos caminhos-de-ferro ter adoptado planos de contingência, sobretudo para os combios de longo curso.

Nas grandes metrópoles alemãs, como Berlim, Hamburgo Estugarda e Munique e nas regiões metropolitanas de Colónia e Frankfurt, milhões de passageiros tiveram hoje de encontrar outra forma de chegar aos empregos, de carro, metropolitano, eléctrico, ou autocarro, porque apenas circularam cerca de 10 por cento dos comboios urbanos que ligam a periferia ao centro das cidades.

A administração dos caminhos-de-ferro (DB) manteve a proposta de aumentos salariais de 10 por cento, mas com a contrapartida de mais oito horas de trabalho por mês, que o GdL considera inaceitável.

«Continuamos sentados à mesa das negociações, à espera», disse hoje à televisão pública ARD o director da DB para o sector de passageiros, Karl-Friedrich Rausch. O GdL já anunciou que só se sentará de novo à mesa das negociações quando a DB melhorar a sua oferta, sobretudo no que diz respeito a um contrato colectivo próprio para os maquinistas, que são apenas 05 por cento do conjunto dos ferroviários.
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