Como está Katie, a jovem que recebeu um transplante facial? - TVI

Como está Katie, a jovem que recebeu um transplante facial?

  • VC
  • 12 out 2018, 13:22
Katie Stubblefiel

História desta mulher foi capa da National Geographic em agosto. Tentou suicidar-se em 2014, com um tiro na cara. Sobreviveu, ganhou uma nova cara, uma nova vida e voltou a ser capaz de sonhar. "Só percebi o quão extremo foi ao tocar meu rosto com minhas mãos", diz agora à BBC

É possível voltar a sonhar, depois de uma tragédia. Katie Stubblefield que o diga. Foi durante o verão que a sua história foi capa da National Geographic e impressionou o mundo. A jovem de 21 anos foi submetida, com sucesso, a um transplante facial em maio. Esteve nos últimos quatro a lutar pela vida, depois de ter tentado dar-lhe um fim, quando deu um tiro no próprio maxilar. De 2014 até agora a vida desta mulher deu uma volta de 360º. Voltou agora a falar, desta vez à BBC. Já tem planos, já fala no futuro: quer ser uma pessoa como as outras, quer estudar, casar e ter filhos.

"Só percebi o quão extremo foi ao tocar meu rosto com minhas mãos. Percebi o tanto que eu perdi. Pensei: Como fiz isto comigo? Como pude fazer isto com a minha família?". A oportunidade de voltar a ter uma cara foi-lhe dada por  Adrea Schneider, que tinha 31 anos quando morreu de uma overdose em 2017. 

"Foi uma decisão difícil [de aceitar] porque eu sabia que alguém teria de morrer para eu ganhar um rosto novo". Obteve essa dádiva e quer agarrar a vida com todas as forças e servir de exemplo para outras pessoas com depressão.

Quero ir à faculdade e ter uma carreira. Pode ser a ensinar ou, possivelmente a aconselhar. Gostaria de encontrar alguém, quero casar-me e ter a minha própria família. A vida merece ser vivida. A vida é um dom. Um dom maravilhoso, tremendo".

O passado deixa marcas, e no rosto de Kate ainda são visíveis, mas a medicina e o rosto da mulher que a salvou fizeram mesmo um milagre. O passado foi negro, sim, mas garante que não pensou em suicidar-se. Foi um "impulso". 

Havia muitas coisas a acontecer na minha vida. Relacionamentos e dificuldades. Permiti que essas coisas tirassem o melhor de mim. Sinceramente, eu não tinha pensamentos suicidas. O que aconteceu foi puramente uma decisão impulsiva".

Se aos 18 anos - idade em que os jovens só pensam agarrar no futuro - ela quase perdeu a vida, agora, aos 21, e depois de tanto sofrimento, voltou a sentir que pode fazer planos e que será capaz de concretizá-los.

 

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