A esquadra da província de Placência, no norte de Itália, foi encerrada depois de quatro carabinieris (polícia militar italiana) terem sido detidos por fortes suspeitas dos crimes de tráfico de droga, chantagem e tortura.
De acordo com a BBC, tanto os procuradores como os residentes daquela região ficaram chocados com o caso, por serem caras muitos conhecidas e sorridendentes.
Os crimes cometidos por estes agentes foram manchete de vários jornais na quinta-feira, tendo a procuradora local, Grazia Pradella, dito que "nada do que aconteceu naquela esquadra era legal, eles eram criminosos".
Grande partes dos crimes alegadamente cometidos ocorreram assim que Itália entrou em confinamento, devido à pandemia de Covid-19. No entanto, as investigações começaram em 2017.
Enquanto a cidade de Placência contava as mortes provocadas pelo novo coronavírus, estes carabinieris forneceram droga aos traficantes que estavam presos em casa no âmbito das regras da Covid", disse a procuradora.
Os suspeitos levados para a esquadra de Levanto para ser interrogados foram maltratados e torturados. Circularam fotos na comunicação social local que mostravam um detido algemado, descalço e com a cara cheia de sangue.
A investigação levada a cabo pelo Ministério Público de Placência incidia sobre 12 pessoas, tendo sido detidas cinco e uma outra colocada em prisão domiciliária. O interrogatória começa na sexta-feira.
O ministro da Defesa italiano disse que estas revelações podem manchar a imagem de 110 mil homens e mulheres que integram a força paramilitar.