Mais de dois milhões de combatentes iniciam exercícios militares na Venezuela - TVI

Mais de dois milhões de combatentes iniciam exercícios militares na Venezuela

  • CM
  • 15 fev 2020, 19:27
Tensão na Venezuela

Exercícios servem para assegurar a “defesa das cidades” e a operacionalidade das autoridades, depois do regresso a Caracas do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó

Mais de dois milhões de combatentes das Forças Armadas Nacionais venezuelanas e da milícia bolivariana iniciaram hoje exercícios militares, que se prolongam até domingo, para assegurar a “defesa das cidades” e a operacionalidade das autoridades.

Em declarações ao canal estatal VTV, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse que mais de 2,3 milhões de combatentes participam nesta atividade, que se estende por “todo o território”.

Conforme avançou a agência EFE, em Caracas os exercícios, designados “Escudo Bolivariano 2020”, decorreram em diversos órgãos do Estado, como o Palácio Legislativo ou o Banco Central da Venezuela.

Na quarta-feira, o presidente da Venezuela explicou que estes exercícios visam pôr em prática a nova Lei Constitucional das Forças Armadas Venezuelanas, nos aspetos organizativo, territorial e operacional.

Nós, que amamos a Venezuela, avancemos. Não percamos um único dia. É tempo de avançar no nível institucional, político, popular e militar. Ofensiva e batalha permanente!", disse, na altura, Nicolás Maduro, que falava, em Caracas, durante um ato que assinalou o aniversário do programa estatal Missão Transporte.

O anúncio dos exercícios militares foi realizado no dia seguinte à chegada à capital venezuelana do presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, proveniente de um périplo iniciado em 19 de janeiro na Colômbia, tendo depois visitado Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos, onde manteve encontros com diferentes governantes, incluindo com o presidente norte-americano, Donald Trump.

A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela para convocar um governo de transição e eleições livres no país.

Os Estados Unidos da América foram o primeiro de mais de 50 países a apoiar Juan Guaidó, tal como Portugal, uma posição tomada no âmbito da União Europeia.

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