Catalunha: Justiça marca datas para ouvir Puigdemont e aplica-lhe fiança milionária - TVI

Catalunha: Justiça marca datas para ouvir Puigdemont e aplica-lhe fiança milionária

  • 31 out 2017, 18:50

Audiência Nacional marcou audição do destituído presidente catalão para quinta e sexta-feira. Os 14 acusados de rebelião, insurreição e mau uso de fundos ficam obrigados a pagar fiança que chegam aos 6,2 milhões

Carles Puigdemont, destituído presidente da Catalunha que está na Bélgica com outros membros do seu governo, foi convocado pela Audiência Nacional para testemunhar em Madrid nos dias 2 e 3 de novembro, às 9:00 locais, na qualidade de acusados pelos crimes de sedição, rebelião e mau uso de fundos públicos.

A juíza de instrução Carmen Lamela impôs também ao ex-presidente e a outros 13 elementos da demitida Generalitat uma fiança de 6,2 milhões de euros, precisamente o montante que a inspeção fiscal reclamava.

A Físcalia considera que Puigdemont e os seus ex-conselheiros de malbaratarem o dinheiro com os custos do referendoi de 1 de outubro, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

A juíza Carmen Lamela dá três dias para que os 14 implicados paguem a fiança de 6,2 milhões de euros. Caso o não façam, os bemns de Puigdemont e dos seus assessores poderão ser confiscados.

Apesar de não estarem formalmente acusados, a juíza, segundo refere o jornal El País, entende que Puigdemont e os seus conselheiros da Generalitat "urdiram uma estratégia do que se tornaria um movimento secessionista perfeitamente organizado e com repartição de papéis entre as autoridades governamentais, parlamentares e associações independentes".

Desde segunda-feira que Carles Puigdemont está radicado em Bruxelas, com alguns dos ministros catalães, igualmente destituídos.

Esta terça-feira, em conferência de imprensa, Puigdemont jurou não procurar asilo políitco na Bélgica, mas recusou-se voltar a Espanha sem garantias de segurança.

O destituído presidente catalão surpreendeu, contudo, ao mostrar-se disposto a reconhecer as eleições e os resultados das eleições autonómicas marcadas para 21 de dezembro pelo governo espanhol, na sequência da destituição dos órgãos políticos catalães, ao abrigo do artigo 155.º da Constituição espanhola.

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