O ex-presidente do governo autónomo da Catalunha, Carles Puidgemont, anunciou esta quinta-feira a criação de uma “estrutura estável” para coordenar no estrangeiro as ações do autoproclamado governo que considera legítimo.
No documento “Carta da Bélgica", Puidgemont dirige-se aos catalães assegurando “que o governo legítimo vai cumprir as suas obrigações”.
O texto foi partilhado no Twitter do governante regional destituído.
Toca foragitar de les institucions els qui se les han volgut fer seves amb un cop d'estat. Carta des de Bèlgica https://t.co/k19rgV2MC9 pic.twitter.com/DJldcBOeSZ
— Carles Puigdemont 🎗 (@KRLS) November 9, 2017
Puigdemont, autoproclamado presidente após a declaração unilateral de independência da Catalunha, encontra-se em Bruxelas na companhia de outros cinco membros destituídos do governo autónomo.
Na quinta-feira, Puigdemont disse que não tem dúvidas de que pode “acabar na prisão”, mesmo sendo candidato às eleições de 21 de dezembro. Mas enquanto dia 17 não chega, data em que a justiça belga decidirá a sua extradição para Espanha, o presidente destituído da Generalitat, que se encontra em liberdade condicional em Bruxelas, vai piscando o olho à solidariedade internacional.
Aos microfones da Catalunya Ràdio, o até agora presidente da Generalitat assume-se “preparado” para a extradição, já depois de ter manifestado confiança “na internacionalização” da situação na Catalunha, reiterando que "em nenhum momento" fugiram a qualquer responsabilidade quando ele e quatro ministros tomaram a decisão “pessoal” de partir para Bruxelas.