ATUALIZADO ÀS 1:30
A capital guineense continua com ruas bloqueadas pelos militares, mas regista-se uma acalmia em termos de tiroteio, constatou a Agência Lusa em Bissau.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou, entretanto, o que classificou como tentativa de golpe de Estado.
«A CEDEAO condena formalmente e rigorosamente uma tentativa de golpe de Estado» na Guiné-Bissau, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan, citado pela agência AFP.
«Recemos informações complicadas sobre a Guiné-Bissau e essas informações indicam que está em curso um golpe de estado na Guiné-Bissau», acrescentou Daniel Kablan Duncan à imprensa depois de presidir a uma reunião de ministros da CEDEAO sobre a crise no Mali e também sobre a situação na Guiné-Bissau.
A situação vai ser analisada numa reunião da CPLP a realizar esta sexta-feira e sábado em Lisboa.
A rua Combatentes da Liberdade da Pátria, onde fica a casa de Carlos Gomes Júnior, está bloqueada pelos militares e também a rua da Segunda Esquadra tem barreiras militares, mas a principal praça da cidade, onde se situa a sede do PAIGC, o maior partido, está normal.
É desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior. Existem duas versões: um rumor de que estaria morto e outra informação a apontar para o facto de ter sido levado por militares angolanos, que o terão transportado para um local seguro.
Na Presidência da República os militares não deixam passar veículos mas as pessoas estão a circular.
A Embaixada de Portugal e outras representações diplomáticas na capital da Guiné-Bissau estão cercadas por militares, disse à Lusa o embaixador português em Bissau.
Antonio Ricoca Freire informou que «há militares na rua da Embaixada mas ninguém foi incomodado e que presume ser por motivo de impedir movimentações».
Guiné-Bissau: tentativa de golpe de Estado?
- Redação
- FC
- 12 abr 2012, 23:03
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