O Governo norte-americano classificou o massacre de estudantes chineses que se manifestavam na praça de Tiananmen, em Pequim, em 1989, como “uma tragédia que não será esquecida”.
Os Estados Unidos pedem à China para que honre a memória dos que perderam a vida e forneça um relato pormenorizado dos que foram mortos, detidos ou continuam desaparecidos, após os eventos na praça Tiananmen, no dia 04 de junho de 1989”, disse a Casa Branca, num comunicado divulgado na noite de quinta-feira.
O comunicado refere-se à sangrenta intervenção do exército chinês nas noites de 03 e 04 de junho de 1989, que terminou sete semanas de protestos de estudantes e trabalhadores contra a corrupção e a ausência de democracia na China, provocando várias centenas de mortes.
O massacre do Partido Comunista Chinês de civis chineses desarmados foi uma tragédia que não será esquecida”, prometeu a porta-voz do Governo norte-americano Kayleigh McEnany.
Washington também pede a Pequim que “termine a perseguição sistemática de milhões (de pessoas) de minorias étnicas e religiosas”.
A China respondeu a este comunicado, hoje, pedindo aos Estados Unidos que “abandonem os seus preconceitos ideológicos” e “cuidem dos seus próprios assuntos”.
“Os Estados Unidos ainda se orgulham da sua chamada democracia e direitos humanos, mas (...) não têm lições para dar”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa Geng Shuang.
Esta troca de acusações acontece num momento de escalada de tensões entre os Estados Unidos e a China, com vários episódios que afetam a guerra comercial entre os dois países e com acusações mútuas de má gestão na pandemia de covi-19.