Lua-de-mel trágica na Grécia para casal que ficou noivo em Portugal - TVI

Lua-de-mel trágica na Grécia para casal que ficou noivo em Portugal

  • CM
  • 25 jul 2018, 12:47

Recém-casado Brian O'Callaghan-Westropp está desaparecido depois de se separar da mulher quando fugiam dos incêndios na zona de Mati. A noiva, Zoe Holohan, sofreu queimaduras e está hospitalizada

O recém-casado Brian O'Callaghan-Westropp é um dos vários desaparecidos na sequência dos incêndios na região de Atenas, que fizeram, até ao momento, 80 mortos e mais de 180 feridos. O irlandês e a mulher, Zoe Holohan, viram-se no meio das chamas que devastaram a zona de Mati, local escolhido para celebrar a lua-de-mel. Zoe está hospitalizada, Brian está desaparecido.

Os dois ficaram noivos em Portugal, durante um passeio em Cascais, em abril passado, como mostra uma publicação no Facebook de Brian, datada de 2 de abril. Casaram no passado dia 19, no seu país, e escolheram a Grécia para a celebração a dois.

Brian e Zoe separaram-se quando fugiam das chamas. Dele nada se sabe, dela sabe-se que está internada no hospital depois de ter sofrido queimaduras.

Os amigos acreditam, porém, que a ausência de notícias de Brian pode não ser de todo um mau sinal.

O facto de não haver notícias pode ser uma boa notícia. Temos esperança que ele também esteja hospitalizado”, disse um amigo do casal ao Daily Mail.

Só em Mati, localidade turística nos arredores de Atenas e uma das zonas mais afetadas pelos incêndios, morreram 26 pessoas, entre mulheres, homens e crianças. Foram encontrados juntos e abraçados, perante a fatalidade de terem percebido que não iriam sobreviver ao fogo.

Um pai conseguiu salvar o filho de três anos, mas não sabe o que aconteceu à mulher, quando fugiam das chamas em Mati. Panagiotis Dagalos só teve tempo de agarrar no filho e correr em direção à praia sem olhar para trás.

Mas em Mati também há histórias de sobrevivência, como a de um hotel que ajudou centenas de pessoas a fugir de barco. Populares juntaram-se a clientes e ali procuraram refúgio, naquele que foi um dos poucos edifícios que não foram gravemente afetados pelas chamas.

À agência Reuters chegou também o dramático testemunho de Vassiliki Psevedourou, a quem o fogo obrigou a sair de casa, onde se encontrava com a mulher, doente de esclerose múltipla e numa cadeira de rodas, e um casal de primos. Foram apanhados pelas chamas quando retiravam a sua mulher da habitação. "Ela caiu, tentámos levantá-la, mas foi impossível. O meu primo arrastou-a e os seus sapatos derreteram. Tentou abraçá-la, protegê-la das chamas e sofreu queimaduras nas pernas, nas mãos e na cara", contou. Salvaram-se todos.

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