Através de várias amostras recolhidas a 19 de fevereiro, os investigadores detetaram vestígios dos elementos químicos césio – 134 e césio – 137. Os níveis de radiação são muito baixos e não representam, pelo menos para já, uma ameaça significativa para os humanos e para os animais.
A explicação é dada pelo investigador do «Woods Hole Oceanographic Institution», Ken Buesseler, que dá um exemplo: se nadássemos todos os dias, durante um ano, nas águas de Vancouver, isso representaria uma dose de radiação mil vezes menor que um raio-X. No entanto, o mesmo cientista alerta para a propagação gradual da radiação para outras praias da América do Norte.«A radioatividade pode ser perigosa e nós devemos monitorizar cuidadosamente os oceanos, depois desta que é certamente a maior libertação acidental de contaminantes radioativos para os oceanos em toda a história»
Os testes realizados no Japão logo após o desastre evidenciaram que em cada metro cúbico havia 50 milhões de becquerel (unidade de medida de radioatividade). A amostra da água em Ucluelet continha 1,4 becquerel de césio-134 por metro cúbico e 5,8 becquerel de césio-137.«Prevendo a disseminação da radiação, torna-se mais complexo quanto mais próximo está da costa»
Foi em março de 2011 que um terramoto e um tsunami atingiram a estação nuclear de Fukushima, forçando a saída de mais de 160 mil pessoas da cidade e contaminando a água, o ar e a terra, sendo o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986.