"Inspirado pelo terrorrismo" é a motivação adiantada pela Justiça belga para tentar explicar o que terá levado um argelino, residente na Bélgica desde 2012, a atacar duas agentes com uma catana, junto a uma esquadra de polícia, no centro da cidade de Charleroi.
De acordo com a polícia, o indivíduo, que foi alvejado e viria morrer no hospital, tinha cadastro criminal, embora não se lhe conhecessem ligações extremistas.
Ele era um conhecido da polícia por atos criminais e não por terrorrismo", salientaram os procuradores numa declaração na tarde de domingo.
Mas pelo facto de ter gritado "Allahu Akbar" (Deus é grande!) no momento do assalto contra as duas agentes da polícia, uma das quais ficou com cortes profundos na cara, as suspeitas de uma "conotação terrorista" foram desde logo admitidas pelo primeiro-ministro, Charles Michel.
E os procuradores encarregados da investigação também admitem a ideia.
"Há indícios de que o ataque pode ter sido inspirado por motivos terroristas", afirmaram osm procuradores belgas numa declaração sobre o caso.
Estado Islâmico reinvindica
Através da agência Amaq, o Daesh, o autointitulado Estado Islâmico, já veio reclamar o ataque levado a cabo pelo argelino de 33 anos, na ciadde de Charleroi.
#Belgique l'Etat islamique #EI revendique l'attaque des deux policières à #Charleroi pic.twitter.com/i6tiOVbSge
— David Thomson (@_DavidThomson) 7 de agosto de 2016
Uma investigação foi entretanto aberta pela justiça belga por "tentativa de assassínio terrorista", segundo informações prestadas pelo próprio primeiro-ministro, Charles Michel, justificada por "um certo número de elementos conhecidos no imediato".
Em toda a Bélgica, o clima de tensão mantém-se, em muito devido aos ataques ocorridos em Bruxelas, no mês de março. Por outro lado, a cidade de Charleroi serviu de base a extremistas muçulmanos envolvidos nos atentados ocorridos em Paris em novembro do ano passado.