Muhammad Youssef Abdulazeez tinha 24 anos e era licenciado em Engenharia, pela Universidade de Tennessee. Era um cidadão jordano, nascido no Kuweit, mas tinha conquistado a cidadania norte-americana por naturalização.
“Lembro-me dele como alguém muito criativo. Os seus vídeos eram sempre únicos e divertidos”, afirma Greg Raymond, que trabalhou com ele em alguns programas de televisão no liceu. “Era calmo, tinha sentido de humor. Tal como, não era muito popular e dávamo-nos bem. Ele parecia uma pessoa normal”.
Em poucos minutos, o jovem abriu fogo contra duas instalações militares militares na cidade Chattanooga, separadas por alguns quilómetros. Os motivos ainda são desconhecidos. Além dos quatro militares mortos, o atirador também morreu, e três pessoas ficaram feridas.
Por enquanto, o incidente está a ser encarado como um “ato de terrorismo doméstico”, afirmou aos jornalistas Bill Killian, procurador do Ministério Público de Tennessee.
O SITE Intelligence Group, uma página online que monotoriza grupos extremistas, revela que Muhammad Youssef Abdulazeez tinha um blogue e três dias antes do ataque escreveu que a “a vida era curta e amarga” e que nenhum muçulmano devia perder a oportunidade “de se encontrar com Alá”.
A mesma página revela ainda, através do Twitter, uma imagem do livro de finalistas do liceu, do atirador, e da frase que ele escreveu: "O meu nome causa alertas de segurança interna. E o teu o que faz?"
#ISIS accounts on #Twitter celebrate #ChattanoogaShooting; Post images, threats & adorations;No official claim though pic.twitter.com/lFFrOMazq9
— Rita Katz (@Rita_Katz) July 16, 2015
Já o jornal New York Times , que cita fonte oficial não identificada, avança que o pai de Muhammad Youssef Abdulazeez foi, ele próprio, investigado há vários anos por suspeita de ligação a um grupo radical. Mas o seu nome acabou por ser removido da lista negra de potenciais terroristas.