China: dissidente «trocou» embaixada dos EUA pelo hospital - TVI

China: dissidente «trocou» embaixada dos EUA pelo hospital

Chen Guangcheng (foto Reuters)

Chen Guangcheng foi levado pelo embaixador norte-americano

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O dissidente chinês Chen Guangcheng deixou a embaixada dos Estados Unidos na China e foi levado pelo embaixador norte-americano, Gary Locke, para um hospital.

O próprio Locke telefonou ao jornal «The Washington Post» para relatar o sucedido. Guangcheng estava desaparecido há cerca de uma semana e esta resolução de um caso polémico chega no dia em que Hillary Clinton chegou à china.

Guangcheng, o advogado cego conhecido por defender os casos dos mais pobres, estava em prisão domiciliária (em Dongshigu, na província de Shandong) de onde fugiu no mês passado. O dissidente passou uma semana foragido em Pequim, e depois de ter feito um apelo vídeo ao primeiro-ministro Wen Jiabao, pediu asilo à embaixada dos Estados Unidos.

Um oficial dos Estados Unidos, citado pelo «WP», confirmou já a chegada de Chuangden ao hospital de Chaoyang, em Pequim, informando que o advogado «receberá tratamento e encontar-se-á com a família».

As autoridaes chinesas já reagiram a este caso e aos seus contornos manifestando firmeza. Através da agência noticiosa Xinhua, que refere a «livre vontade» com que Chuangdeng deixou a embaixada dos EUA após «ter estado lá seis dias», a China já exigiu um pedido de desculpas formal.

A China, através de um porta-voz, criticou a «interferência» dos EUA nos «assuntos internos» do país, que «nunca aceitará», mostrando-se «profundamente desagradada» frisando que «exige que os Estados Unidos peçam desculpa».

Liu Weimin fez ainda outro alerta e disse que os EUA devem «repensar as suas políticas» no sentido de «manterem as suas relações com a China». Hillary Clinton está desde esta quarta-feira na China, onde fará uma visita oficial, mas desconhece-se a sua intervenção no caso.

A secretária de Estado norte-americana chegou acompanhada de Timothy Geithner, o secretário dos Tesouro dos EUA, para uma cimeira de dois dias a começar na quinta-feira, com os temas da segurança (e em especial na Síria) e do comércio na agenda.
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