Os passageiros da Air China, uma das principais companhias aéreas chinesas, estão a ser aconselhados a evitar zonas habitadas por indianos, paquistaneses e negros na cidade de Londres.
A revista da companhia "Wings of China" terá oferecido conselhos para a segurança dos visitantes, tendo como base o grupo étnico e nacionalidade dos residentes locais.
Londres é, no geral, um destino seguro, mas devem ser tomadas precauções em áreas habitadas por indianos, paquistaneses e negros", refere a revista, num artigo publicado em inglês e em chinês.
O alerta foi dado pela jornalista chinesa Haze Fan no Twitter e agora os políticos, como o deputado britânico Virendra Sharma, acusam a Air China de alegado "racismo", exigindo um pedido de desculpas.
A piece of advice in Air China inflight magazine. What does @MayorofLondon think? @CNBCi @SeamusConwell @cnbcSri pic.twitter.com/u7SGfiyuXA
— Haze Fan (@journohaze) 6 de setembro de 2016
This is offensive and I hope @AirChina will remove this magazine and apologise immediately. https://t.co/dHBdTdlEoP
— Virendra Sharma MP (@VirendraSharma) 7 de setembro de 2016
Really, @airchina? Are you trying to win the "Most Racist In-flight Magazine" competition? pic.twitter.com/4KDvTp3CFR
— Andrew Stroehlein (@astroehlein) 8 de setembro de 2016
A companhia em causa é a terceira maior da Ásia e faz dois voos diários entre Londres e Pequim.
Cerca de 270 mil chineses terão visitado o Reino Unido em 2015, mais 46% do que no ano anterior.
Esta não é a primeira vez que uma empresa chinesa é acusada de racismo. Em maio, um anúncio a um detergente da marca Qiaobi gerou polémica por, nas imagens, um homem de raça negra, com roupas sujas, ser empurrado para a máquina de lavar e, depois da lavagem, sair da máquina um jovem branco, envergando uma t-shirt perfeitamente limpa.