Mascherano: «O futebol deu-me mais do que merecia» - TVI

Mascherano: «O futebol deu-me mais do que merecia»

Argentina-Islândia

O jogador de 34 anos abordou o fim da carreira, os Campeonatos do Mundo de 2014 e 2018 e a retirada da seleção Argentina

Relacionados

Javier Mascherano retirou-se da seleção da Argentina após o Mundial 2018. No entanto, o jogador de 34 anos defende que poderia ter saído da albiceleste quatro anos antes, após a derrota na final do Campeonato do Mundo de 2014.

«Talvez devesse ter deixado a seleção depois da final com a Alemanha. Podia ter saído pela porta grande, mas não sou assim. Seria egocêntrico pensar assim, toda a gente queria que continuasse. Para além de querer continuar a representar a Argentina, tinha um compromisso com os meus companheiros, com o país e com as pessoas que lá trabalhavam», considerou, citado pelo Olé.

O futebolista do Hebei China Fortune abordou ainda a participação da seleção das Pampas no último verão, na Rússia. Lembre-se que durante a campanha no Mundial transato, a imprensa argentina deu conta de uma rebelião dos jogadores contra o selecionador Sampaoli, liderada precisamente por Mascherano.

«De um dia para o outro tudo muda. Foi assim durante toda a minha carreira. O futebol deu-me muito mais do que merecia, mas também acredito que em alguns momentos, culparam-me de coisas que não estavam nas minhas mãos. A certa altura pensavam que eu mandava na seleção, como se fosse o presidente da AFA [Federação argentina]. Simplesmente fui uma pessoa que tentei unir todos, desde dirigentes a jogadores. Preocupei-me sistematicamente em unir e criar um clima bom para que as coisas corressem bem. Umas vezes consegui, outras nem por isso», admitiu antes de desenvolver o raciocínio.

«Aprendi a viver com isso. Não acreditei em tudo o que se disse depois do Brasil, porque era uma loucura, e também não acreditei no que se disse depois. Não era o culpado de tudo. É preciso aceitar várias coisas e encontrar um equilíbrio.»

Mascherano foi ainda questionado sobre a possibilidade de um dia orientar a Argentina, um hipótese que rapidamente descartou.

«Treinar a Argentina? Não, estás louco. Uma coisa é ser jogador, ver tudo dentro do campo e ter as preocupações normais de um jogador. Falo muito com os meus ex-colegas que agora são treinadores e tudo é diferente quando estás do outro lado. Tens de controlar uma número infindável de situações. Como futebolista podes dar a tua opinião, mas quem decide é sempre o treinador.  No meu caso, tenho muita vontade de continuar a jogar. Não sei até quando, talvez até ninguém me querer», atirou.

Mascherano, lembre-se, é o jogador mais internacional de sempre pela Argentina, com 144 participações.

Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos

EM DESTAQUE