O número de mortos provocados pelo coronavírus subiu para 1.016 a nível global, de acordo com a AFP que cita as autoridades da província de Hubei. Esta segunda-feira morreram 108 pessoas nesta região considerada o epicentro da epidemia.
Na China continental foram registadas até ao momento 1.011 vítimas mortais, ou seja, sem contar com a de Hong Kong e das Filipinas.
De acordo com a CNN, os últimos casos registados do novo coronavírus tratam-se de uma bebé de três meses e a mãe, no Vietname. A bebé foi diagnosticada depois de a avó ter sido infetada com o vírus e encontra-se "estável" em quarentena.
As autoridades de Hubei confirmaram também o aparecimento de 2.097 novos casos, o que eleva o número total de casos na região para 31.728. Em termos globais, o número de infetados por coronavírus já ultrapassa os 42.638.
O novo coronavírus poderá infetar pelo menos uma em cada 20 pessoas na cidade de Wuhan, na China, quando se atingir um pico nas próximas semanas, segundo a previsão de cientistas que estabeleceram modelos para a propagação do vírus.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países.
A Organização Mundial de Saúde declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Cientistas e investigadores juntam-se para coordenar respostas à nova epidemia
Cientistas, investigadores e peritos de saúde pública vão juntar-se a partir de terça-feira em Genebra (Suíça) num fórum de dois dias para debater formas de controlar e lidar com o surto do novo coronavírus detetado na China.
A reunião, que junta investigadores, peritos e responsáveis de saúde, foi convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pretende coordenar os esforços para encontrar respostas para a nova epidemia.
“Aproveitar o poder da ciência é fundamental para controlar este surto. Há respostas de que precisamos e ferramentas que temos de desenvolver o mais rapidamente possível. A OMS está a desempenhar um papel de coordenação, reunindo a comunidade científica para identificar prioridades de pesquisa e acelerar o progresso”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa declaração escrita.
Na reunião, que decorre entre hoje e quarta-feira, os participantes vão discutir vários temas, como a identificação da fonte do vírus ou a partilha de amostras biológicas e sequências genéticas.
Segundo um comunicado da OMS, os especialistas vão basear-se na pesquisa do coronavírus da síndrome respiratória aguda (SARS) e no coronavírus do Médio Oriente para identificar lacunas e prioridades de investigação.
O objetivo é que haja coordenação na investigação para que se descubra a fonte exata do surto que começou na cidade chinesa de Wuhan, bem como acelerar o desenvolvimento de uma vacina e de medicamentos específicos.
A OMS espera que deste fórum resulta uma agenda global de investigação sobre o novo coronavírus, com prioridades e projetos definidos.