Detida mulher do ex-ministro da Justiça da Coreia do Sul - TVI

Detida mulher do ex-ministro da Justiça da Coreia do Sul

  • CE
  • 24 out 2019, 07:31
Bandeira Coreia do Sul e Japão

Chung Kyung-sim é acusada, entre outras coisas, de falsificar documentos para que a filha pudesse entrar numa prestigiada escola de medicina. A detenção foi justificada pelo facto de existir o risco de destruição de provas documentais

A mulher do ex-ministro da Justiça da Coreia do Sul, de Cho Kuk, que renunciou em meados de outubro durante uma investigação sobre corrupção, foi detida esta quinta-feira, apertando o cerco à família do político.

Chung Kyung-sim, uma professora universitária de 45 anos, é acusada, entre outras coisas, de falsificar documentos para que a filha pudesse entrar numa prestigiada escola de medicina. A detenção foi justificada pelo facto de existir o risco de destruição de provas documentais.

Durante dois meses, o gabinete do procurador do Ministério Público investigou Cho e a sua família por outras supostas irregularidades, como as participações num fundo de investimento cujos lucros se deviam alegadamente à influência do político quando era secretário presidencial.

A investigação provocou protestos maciços em Seul, com mais de um milhão de participantes, com forte impacto na popularidade do Governo do Presidente Moon Jae-in, que nomeou Cho, de 57 anos, como ministro no início de setembro.

Moon escolheu Cho para, precisamente, reformar o Ministério Público, uma vez que o ex-ministro havia sido o arquiteto do plano de mudanças profundas num órgão de investigação com tremendo poder naquele país asiático, muitas vezes essencial em muitos casos de corrupção.

A investigação a Cho, que renunciou em 14 de outubro, é vista por muitos como uma 'caça às bruxas'.

Após sua renúncia, Cho anunciou que a sua mulher sofria de um tumor cerebral e os advogados da família pediram à procuradoria que congelasse a investigação na época.

No entanto, o tribunal do distrito central de Seul, que emitiu o mandado de prisão, considerou que seu estado de saúde lhe permitirá enfrentar os interrogatórios da acusação durante a detenção.

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