Inundações no Quénia fazem 194 mortos e cerca de 100.000 desalojados - TVI

Inundações no Quénia fazem 194 mortos e cerca de 100.000 desalojados

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  • publicado por Rafaela Laja
  • 6 mai 2020, 12:29
Quénia

Intensas precipitações durante a estação das chuvas, que dura de março a maio, causaram estragos em todo o país, com inundações e deslizamentos de terras

Pelo menos 194 pessoas morreram e mais de 100.000 foram forçadas a abandonar as suas casas no Quénia devido às inundações provocadas pelas fortes chuvas que caíram nas últimas três semanas, anunciou esta quarta-feira o Governo. 

As intensas precipitações durante a estação das chuvas, que dura de março a maio, causaram estragos em todo o país, com inundações e deslizamentos de terras que deixaram milhares de pessoas deslocadas e destruíram culturas e gado. 

“Temos de estar preparados porque não sabemos que outros danos podemos ter devido às fortes chuvas. Dissemos às pessoas para se afastarem das zonas próximas das massas de água”, afirmou Eugene Wamalwa, o ministro da Descentralização queniano, numa conferência de imprensa realizada em Nairobi com outros funcionários do ministério. 

O ministro dos Assuntos Internos, Fred Matiang'i, salientou a necessidade de sair destas áreas de risco e que, caso contrário, as autoridades despejarão à força estas comunidades. 

Não temos escolha. Vamos deslocar as pessoas à força, mesmo que isso signifique colocá-las nós próprios em camiões”, especialmente nas zonas próximas dos rios Nzoia e Tana (os mais longos do país), disse Fred Matiang'i. 

O Ministro da Energia, Charles Keter, salientou que as barragens do Quénia estão cheias e atingiram níveis sem precedentes. “Nunca vimos isto", afirmou, acrescentando que “não é um bom sinal”. 

O Departamento de Meteorologia do Quénia alertou para mais chuvas nos próximos dias, prevendo-se que a região costeira e os condados dos rios Tana e Garissa (leste) sejam os mais afetados. 

O país enfrenta esta situação enquanto combate a pandemia do coronavírus, que até agora com o registo de 535 casos e 24 mortes.

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