Afeganistão: bombista suicida era agente duplo

O homem que matou sete agentes da CIA, no Afeganistão, na última semana, seria um agente duplo. De acordo com jornais norte-americanos, o homem era jordano, simpatizante da Al-Qaeda, mas que as autoridades jordanas acreditavam ter conquistado e que poderiam utilizar como agente infiltrado dentro da rede terrorista.

Humam Khalil Abu-Mulal al-Balawi, de 36 anos, tinha sido preso há um ano pelos serviços de inteligência jordanos. Foi então recrutado pelo Governo da Jordânia e pela CIA para encontrar líderes da Al-Qaeda escondidos. A missão que lhe terá sido atribuída seria perseguir o número dois da rede, Ayman al-Zawahiri.

Afeganistão: oito elementos da CIA mortos

O homem, médico de profissão, terá trabalhado no leste do Afeganistão, como agente disfarçado, antes de se fazer explodir numa base norte-americana em Chapman, na província de Khost. O «Washington Post» diz, citando dois antigos oficiais dos Estados Unidos, que al-Balawi atraiu os agentes da CIA para um encontro na base, com pretexto de que tinha informações sobre líderes da Al-Qaeda na região.

Por explicar, continua o facto de o homem ter entrado na base norte-americana, carregado de explosivos, sem ser revistado, por muito amigo que fosse considerado. Um antigo agente da CIA, citado pela Associated Press, diz que os informadores não são revistados com tanta severidade, numa tentativa de lhes ganhar a confiança.