Emissões de gases diminuíram 13% em 26 anos - TVI

Emissões de gases diminuíram 13% em 26 anos

  • CE com Lusa
  • 6 dez 2018, 17:49
Energias Renováveis

Aposta nas energias renováveis no mundo está a duplicar a cada quatro anos

As emissões de gases com efeito de estufa nos países desenvolvidos diminuíram 13% entre 1990 e 2016, apesar do crescimento da população e da economia mundial, indica um relatório apresentado hoje na cimeira do clima (COP24), na Polónia.

O documento, da responsabilidade do secretariado das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, diz que embora os países mais desenvolvidos estejam a reduzir as emissões essa redução não cumpre em muitos casos com os objetivos fixados, pelo que é necessária maior ambição política.

Os dados do relatório indicam também que só entre 2010 e 2016 as emissões dos países mais desenvolvidos diminuíram em 4,4%. E destacam que as medidas estão a dar frutos, o que constitui um passo importante para aprofundar o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Os objetivos de redução das emissões para 2020 são vistos cada vez mais como um ponto de partida”, pelo que “é necessário intensificar o esforço, as políticas e as ações nessa direção”, diz-se no documento.

E sublinha-se que a capacidade instalada das energias renováveis no mundo está a duplicar a cada quatro anos.

Apesar destes números, outro relatório anual divulgado na quarta feira à margem da conferencia de Katowice, na Polónia, alerta para um aumento de emissões nos últimos dois anos, contrariando a tendência.

Segundo o documento, da Global Carbon Project (colaboração científica internacional de académicos, governos e indústrias), as emissões de dióxido de carbono da indústria e da combustão de carvão, petróleo e gás devem crescer 2,7% este ano, em comparação com 2017, depois de um aumento de 1,6 no ano passado.

É necessário voltar a 2011 e à saída da crise financeira de 2008 para encontrar uma taxa pior, disse Glen Peters, climatologista do Centro de Pesquisa Cícero, em Oslo, e coautor do estudo, publicado na revista Open.

O aumento deste ano, diz o documento, é impulsionado em particular por um “boom” de emissões da China, mais 4,7%, que é o maior emissor do mundo e que tem feito esforços animadores nos últimos anos. Também os Estados Unidos, que tinham vindo a reduzir as emissões, apresentaram um aumento de 2,5%, pela primeira vez desde 2013.

O estudo indica que este ano o mundo poderá lançar 40,9 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono, acima dos 39,8 mil milhões do ano passado.

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