COP26: "Calor extremo potencialmente fatal" pode vir a afetar mil milhões de pessoas - TVI

COP26: "Calor extremo potencialmente fatal" pode vir a afetar mil milhões de pessoas

  • Agência Lusa
  • NM
  • 9 nov 2021, 14:04
Calor

As conclusões do estudo do Gabinete Meteorológico Britânico, apresentadas na Cimeira do Clima, demonstram que uma subida de dois graus da temperatura global será catastrófica

Mil milhões de pessoas serão afetadas por uma "combinação fatal de calor e humidade" se as temperaturas até ao final do século subirem 2 ºC em relação aos valores pré-industriais, segundo um estudo publicado esta terça-feira pelo Gabinete Meteorológico Britânico.

O número de pessoas em regiões do mundo afetadas pelo stress por calor extremo, uma combinação potencialmente fatal de calor e humidade, poderá aumentar quase 15 vezes se o aumento da temperatura mundial alcançar os 2 °C", indica um estudo publicado em vésperas da conclusão da cimeira do clima COP26, na sexta-feira, em Glasgow, Escócia.

Neste forum das Nações Unidas tentam forjar-se compromissos para evitar que as temperaturas até ao final do século avancem mais de 1,5ºC relativamente aos níveis prévios à Revolução Industrial.

Naquele cenário descrito pelo estudo, o número de pessoas que sofrerão dessa situação aumentará de 68 milhões atualmente para “cerca de mil milhões”.

Se o aumento do calor global alcançasse os 4 °C, seria afetada “quase metade da população mundial” e na maioria dos continentes.

Os membros vulneráveis da população e aqueles com trabalhos físicos ao ar livre têm um maior risco de efeitos adversos para a saúde”, sublinhou o diretor de Impactos Climáticos do Gabinete Meteorológico do Reino Unido, Andy Hartley.

A isto somar-se-iam outros efeitos adversos como inundações de rios, risco de incêndios florestais, secas e insegurança alimentar.

Esta nova análise combinada mostra a urgência de limitar o aquecimento global muito abaixo dos 2.0 °C. Quanto maior é o nível de aquecimento, mais severos e generalizados serão os riscos para a vida das pessoas, mas ainda é possível evitar estes riscos mais elevados se atuarmos agora”, declarou o professor da Universidade de Exeter e do Gabinete Meteorológico do Reino Unido, Richard Betts.

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