A ex-conselheira do governo regional da Catalunha, Clara Ponsati, alvo de um mandado de captura europeu, entregou-se, esta quarta-feira, numa esquadra de Edimburgo. Ponsati foi, entretanto, libertada sob caução.
O advogado da ex-ministra, Aamer Anwar, explicou que a decisão de Ponsati foi tomada para que se organize um referendo, alegando "perseguição política".
Avui em poso a disposició de la justícia escocesa aacompanyada pel meu advocat @AamerAnwar. Ajudeu-nos fent aportacions a https://t.co/Deoi2eTTzf per cobrir les despeses de la meva defensa! RT si us plau! pic.twitter.com/qcQ0uCV4FU
— Clara Ponsatí (@ClaraPonsati) 28 de março de 2018
Ponsati conseguiu cerca de 135.000 euros através de uma iniciativa de angariação de fundos pela Internet (crowdfunding) para pagar as despesas da sua defesa e saiu em liberdade pelas 16:00.
A antiga responsável pela pasta da Educação na Catalunha vai agora contestar a sua extradição para Espanha, onde é acusada de rebelião e utilização indevida de fundos públicos, na sequência do referendo, considerado ilegal pelo governo central, e da declaração de independência.
Também esta quarta-feira a polícia nacional espanhola deteve dois agentes dos Mossos d'Esquadra que acompanhavam Carles Puigdemont quando este foi detido pelas autoridades alemãs.
Xavier Goivoechea Fernández e Carlos de Pedro López foram detidos em Barcelona, segundo o jornal El País.
São informações que surgem no dia em que o parlamento catalão aprovou uma resolução para exigir a libertação de políticos presos e revindicou o "direito" de Carles Puigdemont, Jordi Sànchez e Jordi Turull, todos em prisão preventiva, de serem investidos como presidentes da Generalitat.