Depois meses depois de ter feito a apresentação oficial da sua amante perante a mulher, o Rei da Tailândia decidiu agora prescindir dela. Maha Vajiralongkorn retirou à mulher e consorte real todos os títulos que lhe havia concedido, incluindo o posto militar.
De acordo com uma nota do Palácio Real tailandês divulgada esta segunda-feira, a postura “desleal” da mulher e o facto de ser “ingrata e desobediente” ditaram o fim desta relação.
O anúncio surge dois meses e meio depois de o rei, numa iniciativa inédita, ter nomeado a mulher de 34 anos nobre consorte real. A nomeação, em agosto de Sineenat Wongvajirapakdi, foi a primeira deste género em quase um século.
Segundo o comunicado da casa real, Sineenat violou o código de conduto e foi “desleal ao rei”.
A real e nobre consorte Sineenat é ingrata e comporta-se de forma desadequada ao título. Não está contente com o título que lhe foi conferido, fazendo todos os possíveis para elevar-se ao nível de rainha”, esclarece o documento oficial, citado pela Hola.
O mesmo comunicado acusa a concubina de ser “ingrata”.
Falta-lhe compreensão das boas tradições do Palácio Real. Mostra desobediência em frente ao rei e a rainha”, pode ler-se.
Na apresentação, em agosto, além do título de consorte real, Sineenat Wongvajirapakdi, que era enfermeira do rei, recebeu mais três, incluindo o de oficial superior da equipa de guarda-costas reais.
Nenhum dos títulos nem qualquer das decisões do rei podem ser criticadas, uma vez que na Tailândia, o desrespeito pela família real pode resultar numa pena de 15 anos de prisão, de acordo com o jornal El País.
Três meses antes de apresentar a concubina, o monarca tinha casado com Suthida Vajiralongkorn, que tinha sido comissária de bordo da Thai Airways e passou a fazer parte da equipa de guarda-costas de Maha Vajiralongkorn, em 2014. Adotou nesta altura o nome de Suthida Tidjai, tornando-se na quarta esposa do rei e rainha da Tailândia.
As duas mulheres tiveram de submeter-se ao ritual monárquico de coroação na Tailândia, que exige que as mulheres se ajoelhem perante o monarca, num gesto de fragilidade e de respeito para com o soberano.