Um complexo desportivo da polícia de Hong Kong foi esta terça-feira alvo do arremesso de bombas incendiárias, um ataque raro à imposição de Pequim da lei de segurança nacional na antiga colónia britânica.
A polícia disse ter recebido informações de que três homens vestidos de preto tinham atirado 'cocktails molotov' para o parque de estacionamento do Clube de Desporto e Lazer da Polícia em Mongkok, um bairro que tem sido palco de numerosos confrontos entre radicais e a polícia antimotim durante os protestos pró-democracia e antigovernamentais de 2019.
Os meios de comunicação locais divulgaram imagens de um camião com a parte da frente queimada, mas não foram noticiados mais danos.
Um homem de 18 anos foi detido perto do clube com granadas de gás lacrimogéneo, mas não se sabe se é considerado suspeito.
Em 2019, Hong Kong viveu a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China em 1997, com manifestações quase diárias, e por vezes violentas, nas quais foram exigidas reformas democráticas e uma investigação sobre as ações da polícia, acusada de "violência".
Nesse período, as esquadras de polícia de Hong Kong foram repetidamente visadas.
Milhares de detenções, e depois as restrições ordenadas para combater o surto do novo coronavírus, foram seguidas por protestos nas ruas. Mas nenhuma das exigências dos manifestantes foi satisfeita.
Em junho, Pequim avançou com a imposição da lei de segurança nacional na região semiautónoma chinesa. Os ataques contra a polícia são agora considerados terrorismo e puníveis com prisão perpétua.