ONU exige à Coreia do Norte que "pare de imediato" com mísseis - TVI

ONU exige à Coreia do Norte que "pare de imediato" com mísseis

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  • 30 ago 2017, 07:59
Conselho de Segurança da ONU

Conselho de Segurança da ONU condena “veementemente” lançamento de míssil por Pyongyang que sobrevoou o Japão, numa declaração adotada, por unanimidade, ao fim de três horas de reunião.

O Conselho de Segurança da ONU condenou “veementemente” o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico que sobrevoou o Japão, numa declaração adotada, na terça-feira, por unanimidade, ao fim de três horas de reunião.

O Conselho de Segurança condena veementemente o míssil balístico lançado pela República Democrática Popular da Coreia [nome oficial do país] que sobrevoou o Japão, assim como múltiplos outros lançados em 25 de agosto de 2017”, diz o texto aprovado pelos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo a China, aliada de Pyongyang.

A declaração unânime do Conselho de Segurança da ONU, que esteve reunido de emergência a pedido de Tóquio e de Washington, descreve as ações de Pyongyang como “ultrajantes” e insiste em exigir-lhe que “pare de imediato” com os lançamentos.

O Conselho de Segurança, determinado no seu compromisso por uma península coreana desnuclearizada, enfatiza a importância vital de ações imediatas e concretas" por parte de Pyongyang "de forma a diminuir a tensão", refere a missiva, sublinhando que os lançamentos representam "não apenas uma ameaça para a região, mas para todos os Estados-membros da ONU".

Neste âmbito, o órgão da ONU manifesta-se "seriamente preocupado" por a Coreia do Norte estar a "minar a paz e a estabilidade regional de forma deliberada", reiterando, com efeito, estar comprometido com uma solução política, diplomática e pacífica e renovando apelos a Pyongyang para que suspenda os seus programas nucleares e de mísseis.

"Pede-se a todos os Estados-membros que apliquem de forma estrita e plena" as resoluções da ONU, incluindo aquelas que impõem sanções económicas à Coreia do Norte", refere a declaração, lida na sala oficial do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo presidente em exercício, o embaixador egípcio, a qual não aborda, no entanto, a possibilidade de potenciais novas sanções.

O mais recente lançamento de um míssil por parte da Coreia do Norte teve lugar menos de um mês depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado, por unanimidade, uma resolução que inclui o mais duro pacote de sanções contra Pyongyang, abarcando, entre outros, a proibição total de exportações norte-coreanas de carvão, ferro e chumbo.

A ser respeitada, a resolução 2371 adoptada pelo Conselho de Segurança da ONU no início do mês, deve privar a Coreia do Norte de receitas anuais na ordem dos mil milhões de dólares. 

A declaração adoptada na terça-feira pelo Conselho de Segurança da ONU tem lugar um dia depois de a Coreia do Norte ter disparado um míssil que, pela primeira vez desde 2009, sobrevoou território japonês, percorrendo 2.700 quilómetros antes de cair a leste da ilha de Hokkaido em águas do Pacífico.

Tratou-se do 13.º lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte desde o início do ano, segundo dados de Seul.

No passado domingo, dia 27, Pyongyang também lançou três mísseis de curto alcance para águas do mar do Japão, quando milhares de soldados norte-americanos e sul-coreanos participavam em manobras militares conjuntas na península.

China promete medidas

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, admitiu esta quarta-feira que o lançamento do míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão "violou as resoluções das Nações Unidas e minou os tratados de não proliferação".

"A China não é a favor [do lançamento do míssil] e estamos a trabalhar com outros membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmou Wang, numa conferência de imprensa em que prometeu "dar a resposta necessária".

O ministro chinês lembrou que China e Coreia do Norte "são vizinhos e têm uma velha amizade", mas Pyongyang "violou as resoluções e, por isso, como membro permanente do Conselho de Segurança e país importante e responsável, a China deve tomar uma posição clara".

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