O consulado-geral de Portugal em Maputo tem vindo a reforçar a segurança das suas instalações, indicou esta segunda-feira fonte oficial à Lusa, ao comentar novas medidas anunciadas aos utentes dos serviços ali prestados.
Desde há duas semanas, quem usa aquele espaço tem de deixar o telemóvel num cacifo à entrada e já antes passou a haver um rastreio aos visitantes com detetor de metais, película refletora nos vidros e polícias armados em permanência nas imediações.
O consulado-geral esclarece que tem feito um "reforço da segurança" para "criar as condições para o normal exercício das suas atividades (…), quer para os utentes, quer para os funcionários", mas sem comentar qualquer ligação com um rapto ocorrido à porta do edifício na Avenida Mao Tse Tung, em abril.
Uma mulher de 49 anos com nacionalidade portuguesa foi raptada em 13 de abril por indivíduos armados que a intercetaram ao sair das instalações, onde tinha ido tratar da renovação de documentos.
A vítima, cônjuge de um empresário com atividade na área da hotelaria, regressou ao convívio da família, em Nampula, após 45 dias de cativeiro, desconhecendo-se detalhes da libertação.
A mesma fonte do consulado referiu que o reforço de segurança está a ser feito em coordenação com a embaixada de Portugal em Maputo e com as autoridades moçambicanas competentes, "no âmbito do regular processo de atualização das medidas em vigor nas missões diplomáticas e consulares portuguesas".