O buraco na camada de ozono no hemisfério sul ultrapassou o tamanho da Antártida, continente com cerca de 14 milhões de quilómetros quadrados, anunciou o serviço europeu Copernicus, de monitorização da atmosfera.
O buraco da camada de ozono cresceu consideravelmente na última semana e agora é maior do que 75% dos buracos de ozono nesta época do ano, desde 1979”, anunciaram, nesta quinta-feira, os cientistas do programa Copernicus, o programa de observação da Terra da União Europeia, que têm estado a acompanhar de perto o desenvolvimento do buraco da camada de ozono sobre o Polo Sul.
Wanna know more about more about future #ArcticFire regimes & emissions?
Read our @EGU_BioGeo review paper, with @JuhaAalto4, @VVPaunu, @steverarnold, @EckhardtSabine, @jj_fain, @Nick_Evangeliou, & @KKupiainen for @AMAP_Arctic. https://t.co/CKi3sXGLjf
— Jessica McCarty 🎃 (@jmccarty_geo) September 15, 2021
No dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono, que hoje se assinala, a equipa divulgou novos dados sobre a camada atmosférica que protege a Terra de radiação ultravioleta nociva.
#WorldOzoneDay is today 16 Sept.
— World Meteorological Organization (@WMO) September 16, 2021
The success in safeguarding the Earth’s protective ozone layer shows that collective action, guided by science, is the best way to solve major global challenges including #climatechange.https://t.co/toS3HmB1Ir pic.twitter.com/MeKs75CmT7
“Este ano, o buraco da camada de ozono desenvolveu-se da forma esperada no início da estação. Parece muito semelhante aos anos anteriores, que não foram excecionais em setembro, mas depois tornou-se um dos maiores nos nossos registos para o final da época”, revelou o diretor do Copernicus, Vincent-Henri Peuch.
De acordo com as estimativas dos cientistas, o buraco evoluirá este ano de forma diferente da habitual.
O vórtice é bastante estável e as temperaturas estratosféricas são ainda mais baixas do que no ano passado. Estamos diante de um buraco de ozono bastante grande e potencialmente profundo”, acrescentou o investigador.
O sistema de observação assenta em modelação por computador, combinada com imagens de satélite, de forma semelhante às previsões do tempo, para obter uma imagem tridimensional abrangente do buraco do ozono.