Afinal, Kim Jong-Un não vai a Moscovo - TVI

Afinal, Kim Jong-Un não vai a Moscovo

Kim Jong-un (REUTERS)

Segundo o Kremlin, líder norte-coreano vai ficar a tratar de “assuntos internos”. Seria a sua primeira visita ao estrangeiro

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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, desmarcou a viagem a Moscovo, na Rússia, que tinha agendada para a próxima semana.

Kim Jong-Un ia assistir aos eventos que marcam o 70º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi. na Segunda Guerra Mundial.

“Ele decidiu ficar em Pyongyang. A decisão está relacionada com assuntos internos da Coreia do Norte”, disse esta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Reuters.

Esta seria a primeira viagem ao estrangeiro de Kim Jong-Un desde que subiu ao poder, em 2011, após a morte do pai, Kim Jong-Il.
 
Na próxima semana, vários líderes mundiais vão estar presentes nos eventos na capital russa, pelo que alguns especialistas acreditam que o líder norte-coreano terá percebido que teria “menos controlo” sobre esta visita do que, por exemplo, numa cimeira bilateral.
 
O especialista em estudos norte-coreanos da Universidade de Seul, Yang Moo-jin, explicou à Reuters que a visita a Moscovo estava a ser aguardada com grande expectaviva.
 

“Ele estava naquela fase da sua liderança em que devia estar a ser visto a trabalhar em assuntos externos e a tentar superar o isolamento internacional, especialmente devido à publicidade negativa que tem tido nos últimos meses. Ao visitar a Rússia, ele teria sido capaz de pressionar a China e a Coreia do Sul e de melhorar a sua imagem ao ir lá com a sua mulher atraente e a falar inglês”.

 
A Rússia, a par da China, é um dos poucos aliados da Coreia do Norte. Ambos opuseram-se ao apelo das Nações Unidas para que Pyongyang fosse julgada pelo Tribunal Penal Internacional por causa do historial de violação aos direitos humanos. 

O falecido líder norte-coreano Kim Jong-Il visitou a Rússia em agosto de 2011 para um raro encontro com o então presidente russo Dmitri Medvedev. 
 
Cerca de 30 líderes mundiais vão estar presentes nos eventos do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, em Moscovo, mas nem todos vão ao desfile militar na Praça Vermelha, no próximo dia 9, o que está a ser interpretado como uma forma de distanciamento devido ao clima de tensão com a crise na Ucrânia.
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