As entidades oficiais norte-americanas “não têm visto” o líder norte-coreano, Kim Jong-un, recentemente, mas têm acompanhado o seu estado de saúde "de perto", através de relatórios, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.
Ao mesmo tempo, Pompeo expressou preocupação de que o estado asiático possa ser atingido, não só por um surto de coronavírus, como por uma crise alimentar.
“Não o temos visto. Não temos nenhuma informação para divulgar, estamos a acompanhar a situação de perto. Há um risco real de um período de fome extremo, falta de comida na Coreia do Norte. Estamos a acompanhar as situações, até porque têm um grande impacto na nossa missão, que é desnuclearização da Coreia do Norte”, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos.
Recorde-se que em 1990, a Coreia do Norte foi atingida por um período de fome severa, acreditando-se que terá matado centenas de milhares de pessoas.
As dúvidas sobre os possíveis problemas de saúde do líder norte-coreano surgiram após a sua ausência na tradicional visita ao mausoléu de Pyongyang, onde permanece o corpo do seu avô Kim Il-sung, de acordo com as imagens divulgadas pelos média do país.
Por tradição, no dia 15 de abril, aniversário do nascimento do seu avô e a principal festividade nacional, Kim Jong-un visita o Palácio do Sol de Kumsusan e presta tributo ao fundador da Coreia do Norte, com ampla cobertura dos media controlados pelo regime.
Na semana passada, a cadeia de televisão norte-americana CNN tinha noticiado, citando um responsável norte-americano, que os EUA tinham acesso a informações de que Kim Jong-un estaria “em estado grave”, devido a complicações pós-operatórias.
Questionado sobre o assunto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter informações, mas que não as podia revelar.