Um dia após o líder norte-coreano Kim Jong-un ter insistido na prometida desnuclearização do seu país, mas exigindo o fim dos exercícios militares norte-americanos na vizinha Coreia do Sul, os serviços sísmicos deste país detetaram um terramoto com 2,8 de magnitude na escala de Richter.
A agência meteorológica sul-coreana KMA deu nota que o sismo teve epicentro 11 quilómetros a leste da base de testes nucleares de Punggye-ri, que a Coreia do Norte assumiu ter desmantelado em maio do ano passado, e que ocorreu a uma profundidade de 12 quilómetros.
[지진정보]01-02 07:20 북한 함경북도 길주 북북서쪽 40km 지역 규모2.8 pic.twitter.com/ZDFKJYA1LV
— 기상청 지진화산정보서비스 (@KMA_earthquake) January 1, 2019
Ouvido pela cadeia norte-americana de informação CNN, um perito da agência KMA considerou que o pequeno sismo registado esta quarta-feira terá tido uma origem natural. Mas, a proximidade à base Punggye-ri faz admitir tratar-se ainda de uma consequência do último teste nuclear levado a cabo.
Em maio do ano passado, Pyongyang anunciou o fecho das instalações subterrâneas onde realizava testes nucleares. Foram convidados jornalistas de todo o mundo, para assistir ao encerramento, com explosões, dos túneis de entrada.
Sucede que, antes de Kim Jong-un ter decidido parar os ensaios nucleares, um último teste subterrâneo levado a cabo em setembro de 2017 provocou um sismo com uma magnitude da ordem dos 6,3 graus.
Esse último e mais poderoso teste nuclear norte-coreano realizado em Punggye-ri terá implicado a explosão de uma carga nuclear que libertou um quantidade de energia da ordem das 160 quilotoneladas, o equivalente ao rebentamento de 160 mil toneladas de TNT. Segundo peritos japoneses, terá provocado o sismo de 6,3 graus e será ainda a causa de vários sismos que se continuam a registar na península da Coreia.